Professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro adiam início de greve prevista para começar hoje. O indicativo havia sido definido em assembleia realizada no dia 24 de junho, entretanto, na segunda-feira (29) foi realizado mais um encontro em que a categoria decidiu que o movimento seria adiado, sem data definida.
“Entendemos que aqui na UFTM é preciso que haja mais tempo de discussão sobre as reivindicações da categoria, um amplo entendimento da negociação, sobre o que está sendo solicitado pelo sindicato ao governo federal. Além disso, esperamos também pela reunião que vai acontecer entre sindicato e governo no dia 7 de julho, que pode proporcionar avanços”, explica o presidente da Associação dos Docentes da UFTM, Fernando Seiji da Silva.
Segundo Fernando, são várias as reivindicações da categoria, mas é possível delimitar em dois pontos pelos quais os trabalhadores estão lutando. Primeiro, pedem pela reestruturação da carreira, não é questão salarial, os professores não estão pedindo reajuste anual; querem também a definição de data-base e que os passos da carreira sejam bem definidos, isto é, o trabalhador recebe reajustes a partir do tempo de trabalho e qualificação profissional, porém, não existe um índice definido para os avanços.
A outra frente de reivindicações são as condições de trabalho. Muitas universidades federais enfrentam dificuldades na estruturação. Por conta do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reune), muitas expandiram de forma não tão ordenada e isso gerou déficit na qualidade de ensino. Segundo Fernando, na UFTM existem algumas áreas que precisam de melhorias e o assunto vem sendo tratado junto à reitoria.