CIDADE

Secretaria de Defesa trabalha para afastar o menor das zonas de risco

Daniela Brito
Publicado em 28/06/2015 às 14:28Atualizado em 16/12/2022 às 03:26
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Secretário de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Sedest), Wellington Cardoso Ramos diz que a administração municipal vem trabalhando para afastar a criança e o adolescente o máximo possível das zonas de risco em Uberaba. Ele diz que o trabalho vem sendo feito através das pastas de Desenvolvimento Social, Educação e Cultura e através da própria Fundação Cultural.

No que tange à Sedest, ele informa que o policiamento preventivo dá a sua contribuição, na medida em que se faz presente nas portas das escolas municipais. “A repressão é papel do Estado pelos seus órgãos competentes”, explica. O secretário também esclarece que as entidades assistenciais cumprem seu papel, mas a maioria absoluta não conta com a estrutura necessária. “Mas estão apresentando resultados”, completa. Ele diz que os profissionais do setor são extremamente dedicados e vivem de perto os problemas. “Se todos os que pregam melhorias no sistema se comprometessem em buscá-las de verdade, o quadro poderia ser melhor.”

Para Ramos, a sociedade precisa distinguir a diferença entre o discurso e a prática, destacando que existe, muitas vezes, inversão de valores. “Quem só discursa não se expõe: quem põe a mão na massa fica sujeito a interpretações equivocadas”, comenta. Para ele, a sensação que se tem é que o cidadão trabalha com a tese da punição pelo crime praticado, o que é legítimo, na ausência de outras ferramentas à sua disposição.

Seds atende infratores e suas famílias com assistentes sociais e psicólogos. Em Uberaba, a cada mês, a Secretaria de Desenvolvimento Social realiza quase 150 atendimentos de menores, com idade acima de 12 anos, em situação de risco. A informação é do secretário Roberto Indaiá. Este número também inclui jovens envolvidos com criminalidade. Porém, todos os atendimentos são feitos a partir de determinação judicial, emitida pelos juízes da Vara da Infância e Juventude da comarca de Uberaba.

De acordo com ele, o trabalho da pasta é voltado à assistência e não para a questão penal destes jovens, como vem sendo discutido pelo Congresso Nacional. “Toda nossa ação também envolve a família, que recebe atendimento”, destaca o secretário. Todos são assistidos por assistentes sociais e psicólogos. “E se houver algum encaminhamento, isso é feito por meio judicial. Nosso trabalho é mais voltado para o social”, explica.

Indaiá explica ainda que a pasta trabalha com o cadastramento de jovens, por exemplo, envolvidos com drogas e, consequentemente, as informações são encaminhadas à Promotoria da Infância e Juventude. “Nós não temos competência de penalizar estes jovens”, diz.

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