CIDADE

Discurso de Paranhos reforça repúdio e cobra ações para ruralistas

O presidente da ABCZ, Luiz Cláudio Paranhos, focou o discurso em contestar a homenagem concedida pelo Estado ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

Publicado em 04/05/2015 às 12:06Atualizado em 17/12/2022 às 00:18
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Desconforto entre ruralistas e o governo estadual voltou à tona durante abertura da Expozebu. O presidente da ABCZ, Luiz Cláudio Paranhos, focou o discurso em contestar a homenagem concedida pelo Estado ao líder do MST, João Pedro Stédile, e cobrar ações para garantir a segurança jurídica aos proprietários de terra.

Endereçando a cobrança ao vice-governador Antonio Andrade (PMDB), Paranhos declarou que Stédile afronta a legislação e o Poder Judiciário comandando invasões de terra e a destruição de instalações de produção e pesquisa agropecuária. Segundo ele, os produtores temem que a postura do governo de Minas incentive a difusão de tais ações.

“Os produtores estão apreensivos com o risco de essa homenagem ser interpretada por grupos radicais como um sinal verde para mais invasões e para uma ainda maior dificuldade no cumprimento das reintegrações de posse no Estado de Minas Gerais”, posicionou ao cobrar segurança jurídica para os proprietários de terra.

No pronunciamento, Paranhos também argumentou que o MST ameaça o setor produtivo e lembrou que o agronegócio tem sido responsável por evitar uma crise econômica mais acentuada no Brasil. O presidente da ABCZ, porém, ponderou que o Estado já sinaliza com ações para remediar a situação. “No recente gesto de conciliação e diálogo do governo de Minas testemunhamos a intenção de toda a equipe em propor medidas de apoio à produção e ao desenvolvimento da agricultura e pecuária”, alegou.

Posteriormente, em entrevista coletiva, Paranhos disse que a crítica pública não afetará a relação com o governo estadual e salientou que o governador Fernando Pimentel (PT) entende o posicionamento do setor rural e os motivos da insatisfação dos pecuaristas. "Ele é um homem público e muito inteligente. Minas é um Estado referência nacional em agronegócio e não vai deixar de ser", acrescentou.

Sobre o discurso, o vice Antonio Andrade argumentou que o governo tem uma postura democrática e transparente. Por isso, precisa estar aberto às reivindicações do setor rural e também dos demais segmentos.

“Eu cumprimento o presidente da ABCZ por ter manifestado a sua indignação, mas o governo é transparente e plural. Então, temos que discutir todos os ângulos da questão. Cada um faz a sua defesa da forma que puder. Vamos discutir todos os assuntos, por mais espinhosos que sejam”, declarou.

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