Comércio da Leopoldino perde 30% das vendas após instalação do BRT

Comerciantes da avenida Leopoldino de Oliveira reclamam de redução no movimento depois da instalação do sistema Vetor/BRT. A quantidade de pessoas circulando pela avenida, tanto pedestres como motoristas, caiu bastante, e isso não é nada bom para o comércio. Em algumas lojas já houve demissões e em outras a única alternativa foi fechar as portas.

Mesmo antes da instalação deste novo sistema de transporte coletivo os comerciantes temiam prejuízos por conta das medidas adotadas para o local. Já se passaram meses e os problemas continuam. “Tenho uma lanchonete na avenida desde a década de 70 e estou passando por um momento delicado. Sabemos das dificuldades econômicas do país, mas sem dúvida a instalação do BRT gerou queda no movimento de clientes. Estimo uma redução de 30% e já tive de dispensar 10 funcionários para equilibrar as contas”, explica o comerciante Marco Túlio Ribeiro de Almeida.

Marco revela que fluxo de pessoas em toda avenida caiu bastante, muitos evitam passar pelo local para não ter de dividir espaço com o transporte coletivo. E a circulação de pedestres e veículos é essencial para o comércio, avalia. “A retirada do estacionamento também trouxe problemas. Estamos perdendo clientes para outros pontos comerciais ou shopping centers, que possuem vagas de estacionamento. Neles, as pessoas precisam pagar, mas não possuem o conforto de um estabelecimento como este”, diz.

Antônio Marzolo é outro comerciante da avenida que está sofrendo com a redução do movimento de clientes. “Tenho uma loja na avenida há mais de 50 anos e hoje vejo colegas comerciantes fechando as portas, isso é ruim. Precisamos de apoio do poder público, orientações e sugestões sobre o que fazer, mas isso não acontece, já procuramos, mas não somos recebidos”, afirma.

Por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, a Secretaria de Planejamento informa que está aberta para atender às demandas dos comerciantes da avenida Leopoldino de Oliveira. Segundo a nota, duas reuniões foram realizadas com os comerciantes, uma na CDL e outra na Aciu, para discussão do tema. “Assim, gostaríamos de reforçar que esses comerciantes, sejam os mais tradicionais, até os mais recentes, podem procurar a Prefeitura, através do Planejamento, e trazer suas reivindicações e necessidades”, encerra.

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