CIDADE

Complexo de Peirópolis expõe fóssil achado em Campina Verde

Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, da Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM), apresentou fósseis encontrados em Campina Verde. As peças são de um crocodilo

Geórgia Santos
Publicado em 18/04/2015 às 21:09Atualizado em 17/12/2022 às 00:31
Compartilhar

Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, da Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM), apresentou fósseis encontrados em Campina Verde. As peças são de um crocodilo, foram encontradas em 2009 pelo proprietário de uma fazenda e apresentadas ontem em coletiva de imprensa. Todo o material já está disponível para visitação.

De acordo com o geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro, são fósseis de 90 milhões de anos e a quantidade e grau de preservação são notáveis. Alguns exemplares possuem o esqueleto completo, contendo crânio, vértebras, patas e cauda. “As escavações na fazenda Três Antas foram realizadas até outubro de 2014. Além desta espécie, com o nome Campinasuchus dinizi, encontramos outras, provavelmente uma espécie nova de peixe, além de outro crocodilo, que serão apresentadas nos próximos 12 meses”, diz.

Esse “achado” já foi publicado e traz informações importantes sobre o passado da região. As pessoas poderão conhecer um novo bicho que viveu no Triângulo Mineiro há milhões de anos e que já está exposto no Complexo Cultural, os fósseis originais, o esqueleto e o corpo do animal.

“Os fósseis foram encontrados em uma sequência de rochas, como se fosse um cemitério, vários esqueletos, mostrando que houve uma mortandade em massa. Isso faz com que as pessoas reflitam sobre como era o passado e ajuda a entender que esse momento, em que vários bichos morreram, pode acontecer novamente. A paleontologia leva a uma reflexão importante à população sobre como temos tratado o meio ambiente”, explica o geólogo.

O proprietário da fazenda, Amarildo Martins Queiroz, também participou da coletiva de imprensa e, de acordo com ele, assim que viu os fósseis, já sabia do que se tratava e logo procurou o museu mais próximo. “Para mim é um privilégio ter encontrado o material, que pode dar uma importante contribuição ao mundo. E assim como fiz, outros fazendeiros também podem fazer, e não precisam se preocupar, pois não há necessidade de fazer desapropriação das terras”, afirma.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por