CIDADE

Conselheiro reginal de Saúde defende planejamento adequado

Todos os dias a população enfrenta dificuldades para obter atendimento nas unidades de saúde, com a falta de médicos

Thassiana Macedo
Publicado em 21/12/2014 às 14:58Atualizado em 17/12/2022 às 02:08
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Todos os dias a população enfrenta dificuldades para obter atendimento nas unidades de saúde do município, com a falta de médicos, o desabastecimento das farmácias e a superlotação. Para o conselheiro regional de Saúde, Jurandir Ferreira, a solução não é a terceirização e, sim, planejamento adequado.

Ele explica que o problema é a má administração dos recursos da Secretaria de Saúde, de acordo com a realidade do município. “Se analisarmos o passado, vamos perceber que foi o mesmo procedimento feito com a UPA Abadia, para fazer a comunidade acreditar que era preciso fechá-la. Agora estão fazendo o mesmo nas UPAs, para demonstrar que terceirizar a saúde vai melhorar a gestão”, afirma.

Jurandir lembra que sem planejamento é impossível abastecer as farmácias. “Mostrei no dia da prestação de contas da Saúde [na Câmara Municipal, em 12 de dezembro], que tem mais de R$ 1 milhão na conta da Secretaria para a compra de medicamentos. Primeiro dizem que não tem dinheiro, depois acusam os vencedores das licitações, mas nunca dizem quem é, não denunciam a quebra de contrato e não demonstram isso à sociedade ou em seus relatórios. A doutora Cláudia [Marquez, promotora da Saúde] me mostrou que há sete processos em que pessoas já tinham determinação judicial, nunca receberam seus medicamentos frequentemente e vieram a óbito”, alerta.

O conselheiro denuncia o atual governo de querer entregar a Saúde a uma empresa sem idoneidade, embora esteja comprovado por documentos encaminhados ao Ministério Público que essa empresa tem 4.632 protestos de títulos em cartórios, no valor de mais de R$ 24 milhões, em cinco Estados brasileiros, bem como 272 negativações no SPC e 352 pendências financeiras no Serasa. “Não é a melhor opção. É o que estou demonstrando desde junho de 2013, quando tive uma reunião com Paulo Piau e apresentei quatro saídas, mas ‘vira e mexe’ eles me dizem: “apresente uma proposta melhor, que vamos ver” e nenhuma delas foi avaliada”, justifica.

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