CIDADE

OS diz que protestos de títulos se devem a prefeituras mal pagadoras

Organização Social Pró-Saúde assume as duas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) a partir do dia 1º de janeiro e o Hospital Regional assim que as obras estiverem concluídas

Geórgia Santos
Publicado em 17/12/2014 às 21:00Atualizado em 17/12/2022 às 02:12
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Organização Social Pró-Saúde, que assume a gestão das duas UPAs em janeiro e posteriormente a do Hospital Regional, diz que títulos protestados contra a instituição são por conta de prefeituras mal pagadoras, para as quais ela presta serviços. Atualmente, em todo o país, a Pró-Saúde possui mais de quatro mil protestos de fornecedores que tentam receber dívidas que a OS não pagou. Entretanto, em resposta a esta situação, o diretor operacional regional Marcelo Durante Bittencourt, em entrevista à Rádio JM, disse que em todos os municípios em que há esta situação as prefeituras estão inadimplentes e, por isto, são penalizados pela má gestão pública no país.

Segundo informações atualizadas, repassadas durante participação por telefone no programa Linha Aberta pelo conselheiro estadual de Saúde, Jurandir Ferreira, atualmente a OS possui 4.612 protestos em várias cidades do país, entre elas Sumaré, Cubatão, São Paulo, Rio de Janeiro, Araucária, Salvador e Duque de Caxias, além do Estado do Tocantins. O valor protestado nos cartórios chega a R$25,3 milhões, em algumas cidades, como Salvador, existem títulos protestados no valor de R$832 e, em Sumaré, de R$115,24. “Essa situação acontece em todos os locais em que a Pró-Saúde está instalada. Mas, estranhamente, todas essas cidades são irresponsáveis e não cumprem o contrato com a OS? Não consigo acreditar, estou até com pena da Pró-Saúde, ela é infeliz, pois todos esses locais a prefeitura não paga e por isso vai a protesto”, ironizou o conselheiro durante sua participação na entrevista na Rádio JM.

Diante destas alegações, de acordo com Marcelo, todos os municípios em que há protestos, sem exceção, estão inadimplentes com a Pró-Saúde. “Neste sentindo, o conselheiro tem razão em ter pena da OS, pois somos penalizados pela má gestão pública no país, essa é a verdade. Nós protocolamos ações judiciais devidas para cobrança destes valores junto às prefeituras. E, além disso, mesmo que tenha um título de R$50 ou R$60, não posso tirar recurso de uma unidade para pagar outra, isso não é permitido pelo Ministério Público ou Tribunal de Contas. E por isso esses títulos vão existir até que o município honre o contrato. Fazemos o nossa parte, mas precisamos que a outra também seja cumprida”, explica Marcelo, lembrando que todo fim de ano algumas prefeituras enfrentam problemas financeiros e a prioridade é o salário dos funcionários e depois o pagamento de fornecedores.

Portanto, a partir desta realidade, quando questionado se os uberabenses precisam se preocupar por se tratar de uma empresa com problemas em outros municípios, Marcelo diz que não, pois a prefeitura é que deve honrar o contrato. “Não importa se tenho títulos protestados em outras localidades, pois a responsabilidade deles são em outros municípios. Aqui estamos começando com três CNPJs distintos (um para cada UPA e outro para o Hospital Regional) abertos em Uberaba. Então, se a Pró-Saúde deve em outra localidade, não vai atingir a cidade se pagar rigorosamente em dia”, afirma.

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