Centro Integrado da Mulher realizou campanha do Laço Branco, ontem, em celebração ao Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. A partir da data são promovidas atividades para orientar as mulheres de forma a denunciar as agressões, bem como os agressores. Na segunda-feira (24) foi realizada uma passeata no centro da cidade e nesta terça um seminário com informações sobre a Lei Maria da Penha.
O Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher é lembrado em 55 países, onde são promovidas ações para conscientizar a população. “Em Uberaba começamos com uma passeata no centro da cidade, saímos da praça Manoel Terra, em frente da igreja Santa Rita, e caminhamos até a praça Rui Barbosa e cerca de 150 pessoas participaram. Distribuímos laços e fitas brancas, além de panfletos informativos. Já na Rui Barbosa, no centro da cidade, realizamos uma grande mobilização, onde, por meio de sistema de som, repassamos informações e abrimos para que todas pudessem se manifestar. Promovemos também um apitaço para chamar a atenção”, explica a coordenadora do Centro de Referência da Mulher, Juciara Moura Limírio.
Ontem foi realizado um seminário com palestra ministrada pela delegada de polícia, da Delegacia da Mulher, Carla Garcia Bueno. “Repassamos ao público presente os principais pontos da Lei Maria da Penha, os benefícios, proibições ao ornamento jurídico e as medidas protetivas de urgência, para conscientizar e sensibilizar, principalmente os homens, em busca da erradicação da violência contra a mulher. A campanha Laço Branco tem o objetivo de trazer homens para defesa da mulher, de forma que ajudem no combate à violência”, explica Carla. Ela ressalta que a Lei Maria da Penha é considerada uma evolução até mesmo no campo internacional, mas é relativamente recente e, por isso, precisa avançar, “é um crime o que acontece às escuras e é preciso denunciar”.
Jaciara faz avaliação positiva da campanha deste ano. De acordo com ela, as pessoas se envolveram e se interessaram pelo tema, apoiando a causa. “Esta é uma causa que chama a atenção, pois a mulher é a parte mais fraca da relação e muitas vezes essa violência acontece entre quatro paredes e elas se silenciam por medo, mas não é o silêncio que vai socorrer, é preciso buscar ajuda. E a pessoa que busca informação mostra que deseja sair desta situação que está vivendo”, conclui a coordenadora.