CIDADE

Famílias sofrem com a falta de remédios em farmácia da PMU

O Jornal da Manhã recebeu diversas ligações de famílias que, mesmo com processo judicial ou administrativo, não estão recebendo todos os produtos conforme determinado

Geórgia Santos
Publicado em 30/10/2014 às 21:24Atualizado em 17/12/2022 às 02:58
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Falta de medicamentos e de insumos na Farmácia de Acolhimento gera revolta de famílias. A equipe de reportagem do Jornal da Manhã recebeu diversas ligações de famílias que, mesmo com processo judicial ou administrativo na Secretaria de Saúde, não estão recebendo todos os produtos conforme determinado. A ausência vem gerando gastos e preocupação, pois são medicamentos essenciais para os mais diversos tratamentos.

O filho do aposentado Carlos Humberto Raffaelli é deficiente físico e precisa contar com a ajuda do poder público para garantir o tratamento. “São remédios caros e que meu filho precisa em grande quantidade, não conseguimos pagar por todos, por isto, através da Justiça, reivindicamos medicamentos e insumos. Porém, mesmo com a determinação do juiz, não entregaram todos os produtos. Todo mês que vou à farmácia sempre está faltando alguma coisa, e como não posso deixar que meu filho fique sem o remédio, me desdobro para comprar”, explica o aposentado.

Segundo Carlos, não é a primeira vez que ele procura a imprensa para pressionar a Secretaria de Saúde para que entregue o remédio. “Ficamos por seis meses sem receber o Trileptal. Procurei jornalistas e no mês seguinte, em setembro, o medicamento foi entregue. Porém, quando voltei à farmácia em outubro, disseram que não tinha mais, fiquei indignado, pois na administração anterior isso não acontecia”, afirma Carlos. Ele ressalta que sempre quando liga na Farmácia de Acolhimento para saber se já chegou o remédio ou insumo que faltou, nunca recebe um posicionamento correto.

O outro caso é da neta da aposentada Laura Lúcia Soares da Silva. Ela espera desde maio para fazer a troca da sonda gástrica, que deve ser substituída a cada seis meses. “Já se passaram cinco meses que fiz a solicitação. Em novembro faria outra, caso tivessem trocado, e até hoje não tive nenhuma resposta. Estou preocupada, pois a sonda não pode ficar por muito tempo no organismo. Se existe prazo é porque precisa ser trocada, e sempre que procuro dizem que não tem. Além de insumos, que sempre estão faltando... Isso é um absurdo, nem mesmo à Justiça estão obedecendo, são crianças doentes que precisam de ajuda!”, afirma.

Laura revela ainda que em junho, no dia 26, entrou com processo administrativo para reivindicar o fornecimento de um complemento alimentar. O médico trocou e não é mais o que está no processo judicial. “Disseram que em 60 dias teria uma resposta, mas até hoje, mesmo ligando com frequência, não recebi nenhuma resposta. Nos primeiros meses a secretaria me doou alguns, porém agora só com o processo”, explica.

Os dois casos foram repassados à assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde e, de acordo com nota encaminhada, os itens reivindicados realmente estão faltando, mas todas as providências estão sendo tomadas para normalizar o estoque da Farmácia de Acolhimento, na maior agilidade possível.

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