CIDADE

População do Gameleiras fica indignada com morte de cavalo

Animal foi deixado na rua ainda com vida e moradores não teriam conseguido ajuda; após sua morte tiveram dificuldade de removê-lo

Geórgia Santos
Publicado em 29/10/2014 às 08:24Atualizado em 17/12/2022 às 02:59
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Moradores do bairro Gameleiras ficaram indignados com descaso do Poder Público quanto ao recolhimento de animal morto. Na tarde de segunda-feira, moradores da rua Professora Edith França encontraram um cavalo jogado em via pública agonizando, tentaram buscar ajuda para salvar o animal, mas não conseguiram. O animal não resistiu e morreu durante a noite. Diante disto, entraram em contato com diversos órgãos para que retirassem o animal, porém não conseguiram. Todos alegaram não ter essa responsabilidade. 

Segundo a dona de casa Antônia Luzia Alves Pires, assim que a neta chegou em casa relatando a situação, o animal ainda estava vivo. “Busquei primeiro ajuda na Polícia Militar, para que ao menos passassem alguma orientação, mas não tive resposta, apenas disseram que não eram responsáveis pela retirada do animal. A minha neta também procurou outros setores, mas o cavalo já tinha morrido. Ela ligou no Centro de Zoonoses, Corpo de Bombeiros, até mesmo em uma Companhia de Cavalos, para que fossem buscá-lo, mas não teve resultados, também disseram que a ação não era da responsabilidade deles”, explica.

O fato gerou indignação a todos os moradores, que tentaram buscar ajuda e não conseguiram, nem mesmo para fazer o recolhimento do animal morto. A carcaça do cavalo passou a noite no local, e ainda no início da manhã, quando a equipe de reportagem do Jornal da Manhã foi acionada, ela ainda estava lá. “Primeiro fiquei impressionada com o descaso do dono deste animal, e depois com o do Poder Público. Entendo que são responsáveis ao menos pelo recolhimento do cavalo depois de morto, mas não o fizeram, e nos locais que ligamos não conseguimos nem mesmo informações sobre o que fazer”, afirma.

A vereadora Denise Max, que está sempre envolvida na luta contra maus tratos de animais, inclusive já foi presidente da Sociedade Uberabense de Proteção aos Animais (Supra), também esteve no local e ficou indignada com a situação. “Quando estive lá, o cavalo já estava morto, mas pedimos às empresas da região imagens de câmeras para descobrir quem jogou o animal neste local que, segundo moradores, ainda estava vivo. E depois que morreu surgiu outro problema, o recolhimento. Assim como os moradores, também tentei encontrar uma solução, até mesmo pagar pelo serviço com guincho, mas não consegui. Somente na terça pela manhã, quando liguei na Secretaria de Infraestrutura para comunicar o fato, me garantiram que iriam retirar o animal”, explica Denise, ressaltando que, apesar de saber o local certo de ligar para fazer o recolhimento, não teve sucesso no momento, pois não existe plantão do serviço. 

Além disso, Denise disse que vai apresentar o caso para Secretaria de Trânsito e Transporte. Segundo ela, é preciso fiscalizar os proprietários de carroças para garantir que os seus animais estejam sendo bem tratados, inclusive com acompanhamento de médicos veterinários. “Entendo que são pessoas que nem sempre possuem condições de pagar pelo tratamento de um cavalo machucado ou doente, mas não podem deixar de cuidar do animal. Esse assunto precisa ser debatido”, finaliza a vereadora.

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