CIDADE

Secretaria não entrega medicamento de ordem judicial e pai vive drama

Com meses de atraso para entrega de medicamento, pai de família está preocupado com os seus gastos diante da omissão do poder público

Geórgia Santos
Publicado em 26/10/2014 às 14:01Atualizado em 17/12/2022 às 03:02
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Com meses de atraso para entrega de medicamento pela Secretaria de Saúde, pai de família está preocupado com os seus gastos diante da omissão do poder público. A filha do vendedor Bruno César Alves é portadora de necessidades especiais. Alimenta-se através de sonda com produto de alto custo. Por isto, por meio da Justiça, conseguiu que o fornecimento fosse gratuito. Porém, a última vez que recebeu as latas, conforme determinação judicial, foi no mês de maio, e deste então retira o dinheiro do bolso para que a filha não fique sem se alimentar.

O produto, que também é medicamento, chama-se Peptamen Júnior, custa em média R$182 a lata. A filha de Bruno consome uma lata por dia e a cada mês o gasto é de R$5.400 apenas para alimentação. Além deste produto, outros medicamentos precisam ser comprados. “Instauramos processo judicial justamente por causa do valor, que é alto, apenas solicitamos o alimento, o resto, mesmo tendo direito, pagamos com o nosso dinheiro. Esse tempo todo sem contar com o fornecimento não está sendo fácil”, diz.

Bruno revela que todos os meses procura na Farmácia de Acolhimento e a resposta que recebe é sempre a mesma: de que esse medicamento está em falta. “Se estou conseguindo comprar as latas é porque conto com a ajuda da minha família. Já vendi alguns bens, como a minha moto, e também fiz empréstimos para conseguir bancar esse custo, que é muito alto, nem mesmo a pediatra dela, que tem condições financeiras melhores que a minha, que sou vendedor, disse que não conseguiria arcar com esse custo”, explica Bruno, ressaltando ser este o único produto que serve para alimentar a filha.

Diante desta situação, o vendedor fica indignado com poder público por não estar cumprindo uma ordem judicial, e essa não é a primeira vez que enfrenta problema com o fornecimento. O processo existe desde 2012, e durante todo esse tempo o repasse nunca foi contínuo. “Já estou no meu limite, não tenho mais onde recorrer para pedir ajuda”, afirma.

Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, o fornecedor que ganhou a licitação entregou o produto errado. Após verificação da farmacêutica, a empresa foi acionada a substituir pelo Peptamen Júnior, o mesmo se comprometeu a fazer a troca até a próxima semana. Assim que chegar à Farmácia, a família será comunicada.

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