Bancários realizam assembleia e confirmam greve a partir do dia 30 de setembro, terça-feira. O encontro entre os trabalhadores em Uberaba foi realizado na noite de quinta-feira, 25, e todos reprovaram a proposta oferecida pelos banqueiros, confirmando paralisação para esta semana.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba, Mauricio de Sousa, os trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal vão aderir à greve de forma contínua. Já nos bancos privados, a cada dia da semana um estabelecimento entra no movimento.
A categoria reivindica reajuste de 12,5%, referentes à inflação, e mais 5,7% de ganho real. E nesta última rodada, a Federação Nacional dos Bancos apresentou uma proposta que não contempla o mínimo reivindicado pelos bancários. “Ofereceram-nos 7% de reajuste e 7,5% no piso salarial e essa proposta não foi aceita”, explica o presidente do sindicato, lembrando que os índices não são acumulativos, portanto nenhum bancário receberá mais que 7,5% de reajuste salarial.
Assim como em Uberaba, foram realizadas assembleias em outras cidades do país, no mesmo dia, e todas negaram a proposta oferecida. “Houve várias negociações durante o mês de setembro e não avançamos. Desta forma, a alternativa escolhida pelo trabalhador foi a greve, que começa à zero hora do dia 30, último dia útil do mês. Mas não podemos descartar a possibilidade de que o banqueiro se sensibilize e apresente uma proposta até o dia 29. Caso isso aconteça, deverá ser realizada nova assembleia para a apreciação de toda a categoria”, explica Mauricio, que não acredita na possibilidade de os banqueiros apresentarem nova proposta antes da greve.
Portanto, o Sindicato dos Bancários informa à população, para que se previna, pois, a partir desta semana, terá greve e provavelmente afetará o atendimento nos bancos. O comunicado já foi publicado nos jornais.
Além de reivindicações para reajuste salarial, a categoria está solicitando a valorização do piso, defesa do emprego, fim da terceirização, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, participação nos lucros dos bancos e plano de cargos e salários para todos os bancários, incluindo os bancos privados, pois apenas a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil dispõem de um plano.