ALTERNATIVA

Para receber ajuda da União, Zema deverá privatizar a Cemig

Lídia Prata
Publicado em 08/06/2019 às 07:17Atualizado em 17/12/2022 às 21:30
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Por Gê Alves – redatora interina

Olha o pito! A quinta-feira foi de quentura lá pelos lados da Câmara Municipal, após a sessão plenária. Aproveitando que os 14 vereadores recebiam visita na sala da Presidência, o presidente Ismar Vicente “Marão”, ao dispensar a pessoa, aproveitou quórum para puxar a orelha do colega vereador Tiago Mariscal. Em resumo, o líder deu uma chocalhada para chamar sua atenção no sentido de que, na sua fase bélica política, está virando a metralhadora para os parlamentares, num comportamento pouco recomendado e sem razão de ser. Segundo consta, Mariscal manteve o silêncio.

Ajuda. A gota d’agua e que acabou no encharque todo foi indireta de Mariscal a ações de outros vereadores que, na busca por minimizar as dificuldades do Hospital da Criança, contataram parlamentares estaduais e federais. Exemplo disso foi a iniciativa do vereador Samuel Pereira, que recorreu ao senador jornalista Carlos Viana e teria garantido R$490 mil em emendas  para a instituição.  Mariscal também criticou e foi jocoso, sem dó, ante a emoção de alguns vereadores ao relembrarem experiências dolorosas com os filhos em que o Hospital da Criança foi fundamental. Absurda a colocação pública de Mariscal. Afinal, a Câmara é formada por gente, e não robôs, cuja diferença maior entre ambos é o sentimento.

Pegou mal. A coisa anda quente também na categoria da educação estadual em Uberaba. É que pessoa que concorre à chefia da Superintendência Regional de Ensino reuniu-se com comissionados na quinta-feira (6) para pedir apoio, confiança. Até aí tudo bem. A bronca vem do verbo tranquilizar (sim, este foi o termo utilizado), garantindo que já estaria tudo certo para a sua nomeação. Que a reunião houve e que os termos foram estes, foram. Se é verdade, é outra coisa. Oficialmente, há processo seletivo em andamento e que entra na fase de entrevistas dos aprovados nas etapas preliminares. 

Interessante. Paulinho da Viola não toca viola, e sim cavaquinho. Nelson Cavaquinho não tocava cavaquinho, e sim violão. Em Uberaba há algo parecido. A Praça Princesa Isabel, que fica atrás da UPA São Benedito, não tem e nunca teve o busto da majestade. Ele foi colocado há várias décadas e permanece na Praça Santa Teresinha, no bairro Fabrício.

Obras. O ex-vereador Ademir Vicente, que fez fama como “Trator” pelo seu jeito de fazer política, está com tudo e não está prosa. Sua empresa acaba de assinar contrato enorme com o grupo Petrópolis, que vai construir fábrica de cerveja em Uberaba. Da empresa de Ademir serão utilizados máquinas e pessoal operacional. Ele confirmou a informação à coluna e afirma que a escolha pelo cliente levou em conta processo de tomada de preço e gaba-se: “temos bom custo,  know how, equipamento novo e e-Social”.

Modernidade. O e-Social, aliás, teria tido peso enorme na seleção do grupo Petrópolis e tem sido requisito importante no mercado. O e-Social é instrumento de unificação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, visando a padronizar a transmissão, validação, o armazenamento e a distribuição em todo o País.

Muito bom. A colega Rose Dutra dá uma boa notícia à coluna. Está confirmada a vinda da loja Sunglass Hut para o Shopping Uberaba. Trata-se de varejista internacional de óculos de sol e acessórios, fundada nos Estados Unidos em 1971. A Sunglass Hut integra o grupo italiano Luxottica, a maior empresa de óculos do mundo.

Para todos! Queridos Arnaldo Manuel, o “Arnaldinho”, e sua Iara Marquez convidando geral para o Arraiá da ABCZ, nos dias 12 e 13 de julho. A festa já caiu no gosto popular e é apenas um dos eventos oferecidos pela entidade à comunidade de Uberaba. A atual gestão abriu o parque Fernando Costa aos uberabenses, cumprindo a promessa de campanha de fazer uma ABCZ – de A a Z, ou seja, ao associado, a mim, a você, a todos nós.

Uma beleza! Ainda não tinha passado lá pelos lados da avenida Tonico dos Santos, após as obras de revitalização, o que fiz ontem. O local ficou bem mais seguro e bonito. O trabalho envolveu recursos e mão de obra próprios do Município. O recapeamento, estreitamento do canteiro central, paisagismo e a instalação de lâmpadas de LED de última geração foram feitos pela Sesurb e a sinalização, pela Sedest.

Cemig. Lá se vai a Cemig. E, agora, pelo jeito, também a Copasa e a Codemig, fruto da imposição de um credor para garantir a reabilitação do devedor, no caso, a União e Minas Gerais, respectivamente. O governo de Minas não tem dificuldade em aceitar a repactuação por conta disso. O governador Romeu Zema defende, não é de hoje, a desestatização, especialmente da Cemig. A imposição do regime de recuperação fiscal até ajuda, ao passo que fica mais concreta a sua justificativa para um objetivo antigo. Que a privatização vai ocorrer está claro. Tomara que pelo menos os serviços melhorem!

Expectativa. Antes mesmo da posse e, ainda em novembro passado, Zema admitia acelerar a venda da estatal, dependendo do valor de mercado. Mais à frente, ainda não empossado, disse à Globo News  que entregaria, “com toda certeza”, a estatal mineira, caso o governo federal exigisse para negociar a dívida de Estado. Em conferência em Nova Iorque, agora em abril, o governador mineiro disse que a venda de ativos da Cemig poderá levantar entre três bilhões e quatro bilhões de reais, enquanto a privatização da Copasa, outros cinco bilhões de reais.

Meio ambiente. Colchões, sofás, fogões, mesas, geladeiras e até vasos sanitários. Não é propaganda de loja, não! Estou apontando itens vistos pelas vias públicas, além de mato em terrenos vagos e lixo de toda espécie atirado nas ruas. É recorrente e generalizado. E vai do papel do chiclete até móveis. Vamos combinar, que não é possível garantir um fiscal em cada esquina. E que o bom cidadão acaba pagando (recursos, doenças, animais peçonhentos e bandidagem) pelo descuido/desengajamento de outros. Não tem prefeito, vereador, polícia, religião, que dê jeito. Penso que cada um de nós deve ser fiscal, fotografando as ações de sujismundos e encaminhando-as à Prefeitura. Há casos, segundo o diretor de Posturas, René Inácio, de identificação e punição do infrator através de fotos/vídeos da população.

“Parece necessário você se interrogar sobre a ausência da interrogação”.

“O pedante compreende sem sentimento profundo, enquanto o mundano usufrui sem compreender”.  (Pierre-Bourdieu)

 

Super fim de semana a todos nós!

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