ALTERNATIVA

Morte de Boechat abre uma semana triste para o jornalismo

Lídia Prata
Publicado em 11/02/2019 às 19:18Atualizado em 17/12/2022 às 18:05
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Foto/Luiz Gustavo Resende 

Deputado estadual Heli Andrade visitou o Grupo JM de Comunicação à tarde passada, sendo recebido pelo diretor Luiz Ciabotti Neto. Heli fez sua estreia na tribuna da Assembleia Legislativa na quinta-feira passada, abordando questões relacionadas ao sistema carcerário no país

Brilho único

Perdemos Boechat, abrindo uma semana triste para o jornalismo brasileiro de qualidade. Boechat era miúdo fisicamente, mas um gigante na arte da comunicação. Sabia falar a língua que todos nós entendíamos. E tinha a coragem de dizer o que nós gostaríamos de botar pra fora. Muitos diziam que ele não tinha papas na língua. Era considerado um sujeito mal humorado, explosivo, impaciente com a burrice alheia. Ora, quem disse que jornalista precisa ser um poço de doçura? Precisa, sim, ter perspicácia e, ao mesmo tempo, sensibilidade para entender as mazelas da vida e ajudar as pessoas a refletir sobre o que as confronta no cotidiano. Tratar o público com respeito e os fatos, com responsabilidade. O que jornalista não pode jamais é perder sua capacidade de indignação. E Boechat, como poucos, sabia externar no rádio, na TV, no impresso, no online essa indignação com tantos fatos que vêm marcando a história do nosso país. Abro a coluna de hoje lamentando profundamente a perda desse jornalista que valorizou a nossa profissão com seu estilo peculiar de dar a informação e interpretá-la, sem vedetismo, sem estrelismo, sem a arrogância e a prepotência, tão comuns em nosso meio. “E vamos tocando o barquinho” – como Boechat costumava dizer.

 Novo gás

A empresa Expomus Exposições Museus Projetos Culturais Ltda. foi a vencedora da concorrência realizada pela Fundação Cultural de Uberaba para elaboração de projeto de reformulação do Memorial Chico Xavier. Resultado da licitação foi publicado na edição do jornal oficial do Município, na sexta-feira. Além do projeto, a Expomus será responsável pela viabilização da proposta cultural, por meio de recursos a serem captados no Brasil e no exterior, se for o caso.

Marco para Uberaba

Segundo o presidente da Fundação Cultural de Uberaba, professor Antônio Carlos Marques, a intenção é conferir ao Memorial Chico Xavier uma gestão profissional, a ponto de transformá-lo numa referência em Minas Gerais. Para dar uma dimensão mais ampla ao projeto, já está em estudo a anexação da Mata do Carrinho à área do Memorial. Dando tudo certo, Uberaba poderá ganhar muito com o turismo religioso.

Fake Tony

Falso perfil do ex-deputado Tony Carlos no facebook virou caso de polícia. Página fake agora será investigada para chegar ao autor, ou autores. Tony Carlos estava indignado ontem – com toda razão.

Mãos à obra

Depois de esperar por dois anos a aprovação pelo Dnit e pela MGO, finalmente vai sair do papel o projeto de levar água tratada a bairros como Laranjeiras e adjacentes. Porta-Voz de sexta-feira publicou aviso de licitação da Codau para contratação de empresa de engenharia para construir uma travessia na BR-050, por onde vai passar a tubulação de água. Presidente Luiz Guaritá Neto promete mãos à obra o quanto antes para recuperar o tempo perdido.

Liberdade e progresso

Escolhido vice-líder do bloco “Liberdade e Progresso” que congrega os 20 parlamentares eleitos pelo PSL, o deputado estadual Heli Andrade pode ocupar também a vice-presidência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas. As articulações estão bem adiantadas, nesse sentido. Para quem está estreando como deputado é um ótimo começo.

Escola da PC

A exemplo do Colégio Tiradentes, da Polícia Militar, Minas Gerais deverá implantar escolas ligadas à Polícia Civil. Segundo Heli Andrade, o formato de ensino vai priorizar a disciplina e o respeito à hierarquia, hoje em dia tão em falta nas escolas brasileiras, de modo geral.

Falou demais

Declarações levianas do presidente do Conselho Federal da OAB pregando o fim da operação Lava Jato ganharam repercussão no fim de semana, gerando críticas e ofensas até à Ordem dos Advogados. Mas o presidente da 14ª Subseção de Uberaba, Eduardo Azank, ressalta que a opinião do presidente do Conselho Federal não representa a dos advogados. Ele fala por si.

Devido processo legal

“Eu, particularmente, acho que a Lava Jato deve continuar normalmente, pois aqueles que praticaram crimes devem ser investigados, processados e, se for o caso, punidos” – frisa o presidente da OAB/Uberaba. Eduardo Azank vai além, destacand “Entendo ainda que não é culpa da Lava Jato o país estar “parado”. A paralisia está ocorrendo em virtude dos desmandos dos governos passados, que praticamente deixaram o Brasil em estado falimentar. Agora, o que a OAB de forma geral não aceita, é o desrespeito ao devido processo legal, com o contraditório e a ampla defesa. Não podemos transformar o Ministério Público em um Super Poder, pois uma investigação errada que chega a ser anunciada publicamente ou uma prisão indevida podem causar danos irreparáveis”.

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