ALTERNATIVA

Pedido de vistas de projeto revela nova postura na Câmara

Lídia Prata
Publicado em 16/10/2018 às 21:09Atualizado em 17/12/2022 às 14:33
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Dirigentes da Aciu e CDL esperaram por mais de uma hora a presença dos representantes da Seplan e do Conphau para reunião marcada para discutir situação dos prédios tombados no centro da cidade. Levaram um tremendo “bolo”

Lenga-lenga interminável

Não se sabe se já é sinal de mudança de postura, ou excesso de dúvidas, mas nossos nobres vereadores gastaram mais de duas horas da sessão dessa terça-feira discutindo uma adequação na lei que autorizou o município a contratar empréstimo de R$40 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF), dando a receita de ICMS como garantia de pagamento. Nem mesmo a presença em plenário dos secretários de Finanças, Wellington Fontes, e Governo, Toninho Oliveira, conseguiu evitar pedido de vistas que vai adiar a votação da matéria. Vale lembrar que a contratação já tinha sido aprovada. Só faltava esse pequeno ajuste que originou toda a celeuma...

Preto no branco

Na verdade, os vereadores já vinham encarando essa contração de empréstimo com certo mau humor. Desde que o projeto do Executivo entrou em pauta, os questionamentos não pararam, ora ligados à destinação que seria dada aos recursos, ora sobre o comprometimento da receita de ICMS para garantir o pagamento das parcelas que ficassem em atraso, ora sobre as obras que serão contempladas com esse dinheiro. Todos os questionamentos obviamente justificáveis. Mas já deveriam estar superados, a esta altura do “campeonato”.

Última hora

Esse projeto de lei para adequação dos termos do contrato de empréstimo não estava na pauta da Câmara de ontem. Entrou em cima da hora do início da sessão, o que irritou boa parte dos vereadores. Alguns deles chegaram a protestar contra o que chamaram de “manobra” para tentar aprovação de projeto a toque de caixa. Deu no que deu. Discussões intermináveis (nem sempre necessárias, ou pertinentes), má vontade, votação frustrada. Melhor que tivesse seguido os trâmites normais, sem atropelos, sem “carteirada” para passar à frente. De qualquer forma, o recado dos vereadores ao Executivo foi dado.

Perplexidade 

Pelas redes sociais, lideranças dos servidores estaduais manifestam enorme preocupação com posições externadas pelo candidato Romeu Zema, em relação ao modelo de Educação que pretende adotar em Minas, caso ele seja eleito governador. Além disso, as privatizações de órgãos públicos em Minas, tal e qual defendidas por Zema, têm sido motivo de grande perplexidade por parte dos servidores públicos.

Ligações perigosas 

Embora pouco se diga a respeito, é certo que o “fantasma” de Aécio Neves também ronda a candidatura de Zema. Seu vice, Paulo Brant, foi secretário de Estado no governo tucano. Este ano, Brant retirou sua candidatura a prefeito de BH pelo PSB, depois que veio à tona condenação imposta a ele pelo Banco Central, por ter cometido infração grave na condução dos interesses do extinto Banco do Estado de Minas Gerais, o Bemge. Brant está proibido de exercer qualquer cargo de comando em instituições financeiras.

Que papelão!

Em plena era da troca imediata de mensagens via WhattsApp, nem os representantes da Secretaria Municipal de Planejamento, nem do polêmico Conphau se dignaram a justificar o “bolo” que deram aos diretores da Aciu e da CDL, com os quais haviam marcado reunião na manhã de ontem. Os líderes empresariais esperaram por mais de uma hora a presença do secretário Nagib Facury ou seu representante, bem como do presidente do Conphau, Daniel Rodrigues, na reunião previamente marcada para discutir os critérios de tombamento de imóveis no centro da cidade. Pegou mal.

Cartão vermelho

Empresários ligados à Aciu e CDL estão inconformados com decisões do Conphau. Para as entidades classistas, está passando de hora de ser revista a lei que dispõe sobre tombamentos de imóveis no município. As ponderações sobre o assunto seriam objeto de discussão com o titular da Seplan e presidente do Conphau, mas eles simplesmente não apareceram à reunião, nem deram qualquer satisfação aos dirigentes classistas.

Caso grave

Segundo levantamento feito pela Aciu e CDL, a maioria dos imóveis tombados no centro da cidade está em evidente processo de deterioração, oferecendo perigo para a vizinhança. Seus proprietários não têm condições de manter os casarões, devido ao alto custo das restaurações necessárias e de constantes manutenções. E nem se diga que estão isentos de IPTU, porque o valor do imposto economizado pelos proprietários não é suficiente para bancar as reformas necessárias. Por essa razão, os dirigentes classistas defendem que se há tombamento, tem que haver mais contrapartida do município, inclusive com indenização para os proprietários.

Galeria de fotos

O Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro (IEATM) programa para amanhã, a partir das 19h30, a inauguração da Galeria dos Presidentes e o lançamento do site repaginado da entidade, em evento de confraternização exclusivo para associados.

Contramão

Enquanto a maioria dos municípios chora as pitangas por causa dessa crise econômica aguda, Uberaba anuncia investimento de quase R$4 milhões, através da implantação da P&D Indústria e Comércio de Produtos Químicos. Com a marca Dica, a P&D deve colocar no mercado cerca de 15 produtos de limpeza fabricados aqui e gerar 220 empregos na sua fase inicial. Boa notícia para encerrar a coluna de hoje!  

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