ALTERNATIVA

Eleição para o governo de Minas Gerais está eletrizante

Lídia Prata
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 12:06
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Tempo quente!

Eleição para o governo de Minas está eletrizante! Nunca se viu tanta confusão como agora. Na quarta-feira, a direção nacional do PSB fechou acordo com o PT, abrindo mão das pré-candidaturas próprias em Minas e Pernambuco. Com isso, o pré-candidato Márcio Lacerda foi limado sumariamente do processo sucessório mineiro. Ontem, Lacerda foi às redes sociais para dizer que vai “peitar” a ordem do partido e manter sua pré-candidatura a governador. Em entrevista coletiva na tarde passada, ele também descartou toda e qualquer possibilidade de apoiar reeleição do petista Fernando Pimentel, ainda que sua candidatura a governador não se viabilize.

Muita rasteira

Para os adversários, Márcio Lacerda está experimentando “o próprio veneno”. Lembram que em 2012 ele rompeu, no último minuto, um acordo com o PT e deixou Pimentel falando sozinho. Em 2016, também rompeu com o PSDB, que o havia apoiado em duas eleições, e optou por lançar candidatura própria. Agora, “o PSB nacional implode a candidatura dele, da mesma forma que ele fez com todos os que o apoiaram”, dizem os adversários.

Chapa dos sonhos

Como em política tudo é possível e nada é impossível, o deputado estadual Lerin acredita numa reviravolta a partir da convenção do PSB, mantendo a candidatura de Márcio Lacerda. Lerin sonha com uma chapa que tenha um vice do MDB e Rodrigo Pacheco (DEM) a senador. Resta saber se o democrata Rodrigo Pacheco desistirá da candidatura própria a governador e peitará o seu partido para firmar aliança com quem bem entender. Vale lembrar que em nível nacional o DEM aliou-se ao PSDB, e não falam a mesma língua do MDB e do PSB.

Quem entende?

Não bastasse esse imbróglio do PSB, a eleição em Minas teve outro lance inusitado nessa quinta-feira. Embora esfacelado desde a destituição do presidente Toninho Andrade, o MDB está prestes a voltar para os braços do PT.

Lé com cré

Segundo o blog O Antagonista, a aliança do MDB com o PT teria sido fechada diretamente pelo presidente do partido, o senador Romero Jucá, que também é líder do governo Michel Temer, acusado de “golpista” pelos petistas. É por essas e outras que os políticos andam tão desacreditados perante a opinião pública.

Agora ou nunca

Presidente da Associação CentroForte, Fábio Lopes defende uma reforma imediata no camelódromo, de modo a abrigar também os ambulantes que faziam ponto no calçadão. Segundo ele, se nada for feito para setorizar esse pessoal num local adequado, logo eles estarão de volta ao ponto inicial. E aí de nada terá valido o investimento de grande porte que o município está fazendo para revitalizar o primeiro quarteirão da Artur Machado. Fábio alerta que é hora de pensar no destino a ser dado aos ambulantes, antes que seja tarde demais...

Modernização já

Fábio Lopes sugere a modernização do atual camelódromo, com a abertura de novos boxes, transformando-o num shopping popular. Da mesma forma, ele acredita que o local poderia abrigar, também, alguns empreendedores informais, como costureiras, barbeiros e outros. Segundo Fábio, há 10 boxes fechados atualmente no camelódromo, que podem ser aproveitados com um toque de charme, dando uma nova cara ao lugar, tal e qual a Seplan fez com o calçadão. Num segundo momento, ele defende que a Prefeitura negocie com os proprietários dos casarões próximos para anexá-los ao centro de compras e, assim, fomentar o comércio no quinto quarteirão da Artur Machado, dinamizando o centro da cidade.

Onde está o dinheiro?

Advocacia Geral do Estado distribuiu nota à imprensa nessa quinta-feira reclamando dos processos judiciais movidos por municípios contra o governo de Minas Gerais. Diz a nota que essas ações representam “um movimento equivocado que visa tão somente buscar o sequestro de recursos do Estado, alegando-se atrasos em repasses relativos ao ICMS e IPVA. Alguns municípios vêm pedindo, judicialmente, por meio de liminares, o bloqueio de recursos do Estado. Tais ações têm gerado um verdadeiro descontrole nas contas públicas e, consequentemente, atrasos de pagamentos aos servidores”. Porém, só não vê quem não quer: o descontrole na gestão financeira do Estado é anterior às ações judiciais propostas pelos municípios...

Foco equivocado

Embora Uberaba ainda não tenha protocolado ação para cobrança dos mais de R$70 milhões devidos pelo Estado, o procurador Paulo Salge diz que “o melhor esclarecimento que o Estado poderia dar à situação de atraso de repasse de valores aos municípios não se resume ao uso de retórica ou mero jogo de palavras, mas ao efetivo cumprimento de uma obrigação constitucional, pois nenhum município, ao que se tem conhecimento ao longo do tempo, teria acionado o Estado para buscar valer direitos fundamentais, como presentemente”.

Argumento fajuto

O procurador Paulo Salge ainda argumenta que essa nota da Advocacia Geral do Estado tem a finalidade exclusiva de querer mudar a imagem do Estado, de recalcitrante em “suposta vítima”, tentando fazer crer que as ações judiciais seriam responsáveis pelos sucessivos atrasos nos pagamentos ao funcionalismo estadual. “Por certo, ao invés de tentar justificar o injustificável, melhor que o Estado assumisse uma postura mais digna e responsável perante a população e, fundamentalmente, junto ao seu funcionalismo” – arrematou Salge, coberto de razão. 

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