ALTERNATIVA

Antônio Andrade foi destituído do comando do MDB

Lídia Prata
Publicado em 17/07/2018 às 20:32Atualizado em 17/12/2022 às 11:33
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Disputa por poder

Segunda-feira começou com uma bomba no MDB mineiro. Por ofício, o presidente nacional do partido, senador Romero Jucá, comunicou ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais a autodissolução do Diretório Estadual e consequente designação de Comissão Provisória. Ou seja, o tapete do vice-governador Antônio Andrade foi puxado “com força”, já que ele foi destituído sumariamente do comando do MDB.

Quem é quem

A Comissão Provisória do MDB mineiro será comandada pelo deputado Saraiva Felipe (presidente), João Lúcio Magalhães Bifano (tesoureiro), Leonardo Quintão, Newton Cardoso Júnior, Iran Barbosa, Leonídio Bouças e Luiz Tadeu Martins Leite. Nas mãos desse grupo, dificilmente o partido conseguirá lançar candidato próprio a governador. Ou, pelo menos por enquanto, inviabilizará eventual candidatura de Antônio Andrade.

Perda do timing

Na verdade, essa confusão no MDB mineiro é o resultado da briga interna travada entre o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, e o vice-governador Antônio Andrade. Brigaram tanto que perderam o timing da organização do partido para a disputa eleitoral deste ano. Deu no que deu. Indiscutivelmente Toninho Andrade é a maior liderança do partido em Minas, tendo levado o MDB a um crescimento de cerca de 17% na última eleição, em relação à anterior. Mas não soube acertar o passo do partido de lá pra cá.

Debandada

Não será surpresa se houver uma debandada geral no MDB a partir de 6 de agosto, o “Day after” das convenções. Os insatisfeitos certamente vão mudar de “barco” de acordo com suas conveniências políticas e eleitorais. Pode apostar.

Bagunça

Como disse o prefeito Paulo Piau em outra oportunidade, “país que tem 35 partidos, sendo 27 deles representados no Congresso Nacional, é o retrato da anarquia”.

Falência de araque

Pedido de falência do Praça Uberaba Shopping foi o assunto que dominou as redes sociais nessa segunda-feira. Na verdade, o pedido existe e foi mesmo protocolado pela Planem Engenharia e Eletricidade Ltda. no dia 11, quarta-feira passada. Mas o Praça ainda nem foi citado para responder à ação. Segundo apurou a coluna, o débito que originou toda essa celeuma corresponde a R$27 mil (fora juros, correção monetária, honorários advocatícios e custas processuais), sendo de responsabilidade dos antigos proprietários do Praça Shopping. O valor do débito é irrisório se comparado ao porte do centro comercial. Obviamente que essa situação será resolvida, sem chegar ao decreto de falência coisa alguma. Nem seria racional pensar o contrário.

Torcida do avesso

O ruim nessa história do pedido de falência, porém, é a forma como o assunto se “alastrou” nas redes sociais, dando a entender que o Praça estaria fechando as portas, justamente num momento em que o centro de compras está sob nova direção e tentando conquistar seu espaço. Em vez de torcer contra quem investe aqui, os uberabenses deveriam apoiar quem tenta levar a cidade pra frente.

Dinheiro na conta

Deputado estadual Antônio Lerin confirmou nessa segunda-feira a liberação pelo governo do Estado do pagamento de duas parcelas do aluguel devido à Supam, quitando, assim, os meses de julho e agosto de 2017. Mas ainda faltam todos os demais, de setembro/2017 até julho/2018.

Papo sério

General Rocha Paiva é o palestrante da Adesg hoje e amanhã. Geopolítica internacional e revolução socialista permanente serão os temas por ele abordados. Para quem não sabe, general da reserva afirmou recentemente que “se um condenado assumir a Presidência da República, nós [o Exército] iremos intervir”. Ele defende também intervenção “mesmo sem amparo legal”, caso a crise política resulte “na falência dos Poderes da União” As palestras da Adesg começam pontualmente às 19h30, no auditório Cecília Palmério (Uniube).

Por quê?

Embora o edital de concorrência do cemitério-parque tenha estabelecido o prazo de 10 dias contados da homologação do resultado do certame e respectiva adjudicação como providência preliminar à assinatura do contrato de concessão, o pagamento da área não foi feito pela empresa vencedora até ontem. A adjudicação foi publicada no jornal oficial do município no dia 11 de maio, dando publicidade ao assunto, inclusive para os licitantes, data a partir da qual teriam de ser contados os 10 dias para o depósito dos valores. No entanto, contrato foi assinado pelo município e empresa vencedora na semana passada, sem a comprovação do pagamento exigida no edital.

Explicação oficial

A explicação dada pela Prefeitura a respeito dessa história do cemitério é a seguinte: o prazo de 10 dias para pagamento tem de ser contado da notificação oficial aos vencedores da concorrência, o que só ocorreu no dia da assinatura do contrato, semana passada. Isso porque a concorrência estava judicializada. De acordo com a Prefeitura, o prazo para o pagamento da área ainda está correndo e vence no dia 20. Mas, segundo advogados ouvidos pela coluna, o Porta-Voz publicou a adjudicação, oficializando o resultado do certame e anunciando oficialmente a vencedora no dia 11 de maio. Além disso, a judicialização em torno da concorrência não cessou. Ou seja, o óbice permanecia na data da assinatura do contrato e não foi sanado com a notificação pessoal dos vencedores da concorrência, porque independe da vontade da Prefeitura. O certo é que nessa história os proprietários da área estão tomando um prejuízo de no mínimo 30 dias, com a demora no recebimento do preço do imóvel. 

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