ALTERNATIVA

Forças de segurança preparam plano para soluções domésticas

Lídia Prata
Publicado em 08/06/2018 às 20:34Atualizado em 17/12/2022 às 10:26
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Pela primeira vez na história da Fiemg, duas mulheres estarão à frente da entidade. Na Regional Vale do Rio Grande, Elisa Araújo (Sindcau) e Miria Rezende (Sindiplast) tomam posse hoje à noite, no auditório da praça Frei Eugênio. Na foto, Elisa e Miria ladeiam o recém-eleito presidente da Fiemg, Flávio Roscoe

Nem aí

Prefeito Paulo Piau está inconformado com a empáfia do governador Fernando Pimentel – a quem apoiou nas eleições passadas. Pimentel simplesmente ignorou a tentativa de oferta de apoio pelo governo federal a Minas Gerais, visando ao enfrentamento da onda de ataques incendiários em mais de 30 cidades, inclusive Uberaba. Pimentel também não deu a menor atenção à nossa cidade, quando do episódio do assalto à Rodoban, no ano passado, e sequer recebeu lideranças locais para tratativas na área de segurança pública. Diante dessa reação do governador, Piau está convencido que não dá mais para esperar por ações e investimentos em segurança vindos do Estado.

Solução caseira

Forças de segurança de Uberaba já preparam um plano para soluções domésticas nessa área, a pedido do prefeito. Quem quer, faz. Quem não quer, espera. Piau optou pela primeira. O projeto está em fase de formatação para ser apresentado nos próximos dias à comunidade.

Mexendo no vespeiro

Estado não desiste da política de transferência de presos, nem mesmo diante desses ataques incendiários atribuídos ao PCC. Na tarde dessa quinta-feira, seis veículos deixaram a penitenciária estadual em Uberaba transportando condenados para outras cidades. Por questões de segurança, o destino de cada um deles não foi revelado. Essas transferências de presos têm sido apontadas como o estopim da onda de incêndios a ônibus em Minas.

Já vão tarde...

Por outro lado, para Uberaba é um alívio ficar livre de criminosos considerados líderes do PCC, através da transferência deles para outros presídios em Minas.

É o cara!

Não se sabe se entre os transferidos da penitenciária “Professor Aluízio Ignácio de Oliveira” está aquele que é considerado o líder do PCC na região e que teria sido preso em Uberaba, recentemente.

Sem volta

Não procede a informação de que as empresas não tiveram prejuízo financeiro com os incêndios aos ônibus do transporte coletivo. Seguro não cobre a perda total dos veículos, em casos como esse. Para se ter uma ideia, apenas o ônibus do BRT consumido pelas chamas custou em torno de R$400 mil. Os outros estavam avaliados em cerca de R$160 mil cada. Faça as contas do rombo!

Falando grosso

Nos bastidores comenta-se que o prefeito Paulo Piau teria endurecido o jogo com as concessionárias do transporte coletivo, na terça-feira, para voltarem a colocar os ônibus em circulação. Depois do quinto veículo atacado pelos criminosos, as empresas recolheram a frota e temiam novos ataques, resistindo à ideia de retomar a operação. Consta que Piau ameaçou romper o contrato de concessão, se os ônibus não voltassem às ruas. As negociações se arrastaram por toda a tarde de terça-feira. Tanto assim, que o transporte coletivo só foi retomado por volta de 18h, com garantias de segurança feitas pelas empresas e atendidas pelo município.

Prazo final

Até setembro o prefeito Paulo Piau espera resolver definitivamente o imbróglio judicial em torno da concessão do cemitério-parque. Lembrando dos fatos: o município abriu concorrência para exploração dos serviços cemiteriais e construção do novo campo-santo, e apenas uma empresa se interessou pelo certame. Venceu a licitação, tendo sido homologado o resultado. Dias depois, foram protocoladas ações judiciais contestando o resultado da concorrência, que resultaram na concessão de liminar suspendendo os efeitos da concorrência. Agora o município tenta derrubar a liminar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, para dar sequência à viabilização do cemitério-parque.

Prazo curto

Por que setembro? A partir de janeiro do ano que vem, o município terá de remover os restos mortais dos jazigos no cemitério de Candongas, por conta de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público. Caso a concorrência do cemitério-parque reste inviabilizada por razões de ordem judicial, só restará ao município construir por conta própria o novo campo-santo. Piau estima em quatro meses o tempo necessário para viabilizar um novo cemitério público.

Contramão

Nessa questão do cemitério-parque, alguns fatos desafiam a lógica. O primeiro deles é o fato de apenas uma empresa ter participado da concorrência, cujo resultado está sendo agora contestado por terceiros. Outro ponto refere-se à demora na contestação do edital de concorrência por terceiros, eventualmente interessados na concessão, visando à suspensão do certame e correção de possíveis equívocos técnicos. Enfim, essa lengalenga toda só vai trazer problemas para o cidadão que tiver de enterrar parentes a partir de 2019. O prefeito garante que não e promete resolver a questão, nem que seja por conta da Prefeitura. 

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