POLÍTICA

Valor acima do mercado para pergolados da Leopoldino é questionado na internet

Gisele Barcelos
Publicado em 17/06/2020 às 20:43Atualizado em 18/12/2022 às 07:07
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Foto/Divulgação

Prefeitura alega que avaliação não pode ser feita de forma individual dos pergolados, visto que existem outros serviços agregados ao paisagismo

Valor acima do praticado no mercado em contratação de empresa de paisagismo na avenida Leopoldino de Oliveira é questionado nas redes sociais. Vídeo publicado aponta que a Prefeitura pagou cerca de R$10 mil por cada um dos pergolados, enquanto orçamento realizado em empresas locais apresenta de cerca de R$4 mil para executar o mesmo serviço.

Na gravação, o autor da denúncia, Vinícius Andrade Martins, ressalta que a Prefeitura utilizou a modalidade de carta-convite para realizar a contratação, que permite escolher a prestadora de serviço entre empresas pré-cadastradas no sistema. O autor do vídeo diz que a empresa apresentou o valor de R$9.154 para executar cada pergolado, o que correspondente a mais R$200 mil para a implantação de 22 deles ao longo da avenida Leopoldino de Oliveira.

Segundo ele, uma pesquisa foi feita em cinco madeireiras da cidade com os mesmos critérios do edital. "Apenas duas trabalhavam com o mesmo modelo de madeira utilizado. Fiz um orçamento e as duas apresentavam valores bem abaixo do que demonstrado na licitação", salienta. Conforme os números apresentados no vídeo, o preço pelo material ficaria em torno de R$3 mil e a mão de obra, R$1 mil, totalizando R$4 mil por pergolado.

Além disso, o autor do vídeo destaca que a empresa contratada foi a MFA, de Mauá (SP), e lembra que a Prefeitura foi alvo de uma operação da Polícia Federal referente a uma empresa de limpeza e serviços urbanos [Lara] que tem ligação com a cidade do interior paulista.

Em nota, a Prefeitura posicionou que "o valor de um serviço não pode ser avaliado individualmente, pois no caso específico dos pergolados existem outros serviços agregados que estão inclusos no preço". Quanto ao uso da modalidade “carta-convite”, a administração argumenta que a licitação exige, no mínimo, a participação de três empresas e vence a que oferecer o menor preço. Ainda segundo o texto, todas as planilhas de obras têm como referência a tabela de preços do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Em casos em que os custos não são encontrados no Sinapi, a secretaria faz a cotação dos materiais com três fornecedores distintos.

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