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Malas prontas: Universidades portuguesas disputam estudantes brasileiros qualificados

A crise tem espantado muitos brasileiros para outros países e um dos destinos preferidos é Portugal

Publicado em 17/07/2018 às 15:30Atualizado em 17/12/2022 às 11:34
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A crise tem espantado muitos brasileiros para outros países e um dos destinos preferidos é Portugal. O país agora também poderá receber uma população jovem e bem formada. Essa migração de pessoas qualificadas é incentivada por dois movimentos. De um lado, as universidades portuguesas se esforçam para facilitar a entrada e permanência de estudantes brasileiros, cuja adaptação é rápida devido à língua não ser uma barreira, além de pagar pelo menos o dobro da taxa cobrada de um aluno português. Do outro estão os próprios jovens, de olho na porta aberta ao ensino como possibilidade de ficar em solo europeu de forma definitiva.

Mesmo os estudantes sem cidadania portuguesa têm uma grande oportunidade de permanência. Após alguns anos em solo lusitano estudando já é possível requerer a cidadania. Outro grande alvo da política de imigração portuguesa são os servidores públicos aposentados – o governo criou, inclusive, um visto específico para a classe.

Os portugueses sabem que a maior parte dos estudantes tem a intenção de ficar no país por mais tempo do que o determinado pelo curso. E, se por um lado a perda de mão de obra qualificada pode e com certeza vai prejudicar o Brasil, os portugueses apostam nessa mesma mão de obra para solucionar uma questão do país europeu, que sofreu com o mesmo fenômeno migratório de suas apostas de crescimento quando jovens portugueses procuraram outras regiões europeias durante a longa crise pela qual passou o país tempos atrás.

E foi justamente esse êxodo que criou espaço para os imigrantes. Para resolver o "buraco" demográfico, agravado pelo fato de cerca de 20% da população ter mais de 60 anos, Portugal precisaria atrair 70 mil pessoas todos os anos. Além disso, a vida dos brasileiros que procura estudo no país ainda tem outra facilidade: universidades em Faro e Coimbra, por exemplo, reconhecem o Enem na hora de selecionar alunos de graduação. E cada um dos brasileiros em solo português paga entre dois mil euros e três mil e quinhentos euros; enquanto isso, elas recebem no máximo mil euros por cada estudante local.

*Com informações da Agência Estado 

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