GERAL

Febre amarela pode oferecer riscos às mulheres grávidas

Infectologista alerta que, a qualquer sintoma da doença, como febre alta, dor no corpo ou diarreia, a gestante deve procurar um médico

Publicado em 25/02/2018 às 11:26Atualizado em 16/12/2022 às 06:04
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Divulgação

Infectologista Frederico Zago recomenda que gestantes tomem cuidados básicos para evitar contrair a doença

Recente surto de febre amarela em Minas Gerais e em outros estados tem deixado as grávidas em alerta. Porém, a aplicação da vacina durante a gestação deve ser avaliada pelo médico obstetra e também por um infectologista. “A vacina conta com a presença de vírus vivos, o que merece cautela. Não existem evidências em trabalhos científicos que comprovem os malefícios às grávidas ou aos bebês, mas é exatamente pela falta de evidências que recomendamos o máximo de cuidado”, explica o infectologista Frederico Zago.

O governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em Saúde. Ao todo, 162 municípios apresentaram casos da doença, com 76 óbitos confirmados. Segundo a Secretaria de Vigilância e Proteção à Saúde, o estado tem registro de 183 casos confirmados de febre amarela. Desse total, 167 são do sexo masculino - o que representa 91,3% dos casos - e 16 do sexo feminino (8,7%). Entre os óbitos, 73 foram de homens e três de mulheres. Todos os casos foram confirmados laboratorialmente.

De acordo com Frederico Zago, o ideal é que as mulheres grávidas evitem as áreas de risco, como algumas regiões do estado e também áreas com matas e florestas. “O ideal é não ir aos locais mais afetados, mas se for impossível evitar esses lugares, a grávida deve fazer a parte dela. Evitar se expor em horários de pico de atividade dos mosquitos. Usar repelentes e roupas de manga longa e buscar locais com telas nas janelas, especialmente à noite, para impedir a entrada dos insetos e a contaminação”, salienta.

O infectologista alerta ainda que, a qualquer sintoma da doença, como febre alta, dor no corpo ou diarreia, a gestante deve procurar um médico. Além das grávidas, outros grupos não devem receber a dose, como mulheres em período de amamentação, idosos, pessoas alérgicas ao ovo e pacientes em tratamento quimioterápico. “Bebês que moram em áreas de risco devem tomar a vacina a partir dos seis meses de idade. Vale lembrar que, em locais com pouca ou nenhuma incidência da doença, a imunização é feita a partir do nono mês de vida”, finaliza.

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