Foto/Jairo Chagas
Segundo Ilídio Antunes, 30% dos casos de doação são inviabilizados devido ao cadastro desatualizado dos inscritos
Até quinta-feira, dia 21, ocorre a Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea. O coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital de Clínicas da UFTM, Ilídio Antunes de Oliveira Júnior, destaca que, em Uberaba, há 18 anos é desenvolvido, diariamente, o projeto Vida pela Vida.
Atualmente, o número de doadores inscritos no município está em aproximadamente 25 mil, mas muitos não atualizam o cadastro no Hemocentro de Uberaba, o que é prejudicial aos receptores, haja vista a impossibilidade de encontrar os doadores em função da desatualização de seus dados.
O coordenador destaca que a doação de medula óssea é feita em vida e a cirurgia é um procedimento simples. Para doar, é preciso ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. “O interessado pode procurar o Hemocentro, que funciona todos os dias, e assinar um termo de consentimento. São retirados cerca de 10 ml de sangue para uma série de exames, inclusive verificar a identidade genética. Depois, o material é enviado para Cadastro Nacional de Medula Óssea, no Instituto Nacional do Câncer (Inca), e fica sob sigilo”, explica.
Segundo o Inca, a doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral e requer internação por um mínimo de 24 horas. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana, conforme preconiza o Instituto. Ilídio Antunes ressalta que, havendo receptor compatível, o doador será convidado a uma nova avaliação clínica com todas as despesas de hospedagem e viagem pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Se estiver tudo bem, ele vai realizar o procedimento e salvar uma vida”, finaliza.