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Produção agrícola sofre com má qualidade de rodovias

Segundo especialistas, custo de transporte para brasileiros é quase três vezes maior que os principais concorrentes

Publicado em 21/11/2017 às 09:52Atualizado em 16/12/2022 às 08:54
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O Brasil é um dos gigantes da agropecuária no mundo. O país é o maior exportador de carne do planeta e o segundo maior exportador agrícola. No entanto, a questão logística põe a situação dos produtores em desvantagem.

De acordo com a assessora técnica da Comissão Nacional de Infraestrutura de Logística da Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA), Elisangela Lopes, a malha rodoviária do Brasil é responsável por transportar cerca de 60% de todos os produtos produzidos no campo. O problema é que, segundo um levantamento da Confederação Nacional de Transportes (CNT), 60% das estradas brasileiras foram avaliadas como regulares, ruim ou péssimas, com problemas na pavimentação, falta de sinalização e buracos. Ainda segundo a pesquisa estradas com uma pavimentação avaliadas como péssima podem causar um aumento no custo operacional de até 91,5%.

A especialista afirma que a situação pesa para o produtor brasileiro na comparação com os principais concorrentes do Brasil no mercado externo. “Nós somos imbatíveis quando comparamos com ele a questão da nossa produtividade para dentro da porteira. Passou a porteira, aí a situação muda de figura. Nós temos os maiores custos, cerca de três, quatro vezes mais que Estados Unidos e Argentina”, destaca.

Para agravar a situação, Elisangela avalia que as possibilidades de baratear o escoamento da produção estão emperradas por falta de estrutura, como a utilização de rios e ferrovias. “Como a gente não tem hidrovias, faltam obras de finalização, dragagem, derrocamento, tornar as condições desse rio navegável. A gente utiliza muito pouco ainda as nossas hidrovias. E o ferroviário é caracterizado por um monopólio, onde o custo do transporte muitas vezes é balizado, chegando a custar o mesmo valor, quando internacionalmente esse valor chega a ser 30% menos”, afirma.

Quando separado por regiões do país, de acordo com o levantamento da CNT, a Região Norte do país é quem mais sofre com custos adicionais, 33,6% ao todo. O Sudeste, que menos paga custos adicionais, tem um acréscimo de 24,7% no transporte dos produtos.

Fonte: Agência do Rádio

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