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Para identificar o glaucoma, é importante realizar exames específicos para verificar se a pressão intraocular está alta
Estima-se que, atualmente, existem 4,5 milhões de pessoas acometidas pelo glaucoma. Só no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, existem 1,2 milhões de cegos e acredita-se que entre 60% e 80% dos casos são decorrentes do glaucoma e poderiam ser evitados ou tratados.
Segundo a oftalmologista de São Paulo, Renata Rabelo Ferretti, existem vários tipos de glaucoma e o ideal é trabalhar com a prevenção. “O tipo mais comum é o glaucoma de ângulo aberto e está, na maioria dos casos, relacionado à idade. Existem os que podem ser decorrentes da predisposição genética ou relacionados a doenças como hipertensão e diabetes. Portanto, o ideal é que, a partir dos 40 anos, todos procurem um oftalmologista anualmente para prevenção e detecção precoce da doença”, frisa.
Em sua forma mais comum, o glaucoma é uma doença sem sintomas. Os seus danos mais sérios aparecem com o decorrer do tempo, o que reforça a importância da prevenção e das consultas anuais, principalmente para o grupo de risco. Em uma fase mais avançada, os sintomas da doença são perda progressiva da visão e estreitamento do campo visual.
Segundo a oftalmologista, a medicina tem conquistado muitos avanços nos tratamentos do glaucoma, que muitas vezes é uma doença ignorada. “O tratamento inicial consiste em uso de colírios hipotensores e, em alguns casos, indica-se a cirurgia para controle da pressão intraocular. Porém, a medicina vem avançando nos tratamentos e hoje existem outras opções mais inovadoras. O implante de microválvula, por exemplo, consiste em um procedimento cirúrgico no qual se implanta uma microválvula na câmara anterior do olho para que haja maior escoamento do humor aquoso – líquido contido na parte anterior do olho –, pois este pode ser responsável pelo aumento da pressão intraocular, levando ao glaucoma”, explica a especialista.