A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem (23) redução tarifária de 6,03% para os clientes residenciais da Cemig. A nova tarifa passa a valer a partir do dia 28 de maio.
A Aneel ainda definiu em 5,82% a redução da tarifa para os clientes de média tensão, e em 21,04% para os clientes de alta tensão, o que significa redução média de 10,66, se consideradas todas as classes de consumo. De acordo com o presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, a redução é expressiva e beneficia grande parte da população mineira.
Bernardo ressalta que a redução tarifária ocorrerá de acordo com os ciclos de leitura e faturamento de cada cliente residencial, podendo levar até dois meses para se completar.
“Para se ter uma ideia de como a redução vai se refletir na vida dos mineiros, atualmente a média de consumo mensal de uma residência no estado é 130 quilowatt-hora (kWh) por mês. Hoje, um cliente com esse consumo paga cerca de R$ 105. Após a redução, a mesma fatura ficará em, aproximadamente, R$ 99”, comenta.
Composição da fatura. Quando a conta chega ao consumidor, ele paga pela compra da energia (custos de geração), pelo transporte (custos de transmissão) e pela entrega (custos de distribuição), além de encargos setoriais e tributos.
Bandeiras tarifárias. Apesar da redução das tarifas na área de concessão da Cemig, os consumidores devem ficar atentos ao uso racional da energia. Nos últimos anos, o Brasil enfrenta uma das piores condições hidrológicas já registrada na história, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem utilizado as usinas térmicas para atender à demanda de energia no país.
Dessa forma, o governo federal decidiu implantar, há dois anos, o sistema de bandeiras tarifárias para sinalizar se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, especialmente no caso de acionamento das usinas térmicas, que têm o custo de produção mais elevado.
Há três bandeiras: verde, amarela e vermelha. As cores representam a situação da geração de energia no momento, e podem gerar acréscimo de valor nas faturas.
A bandeira verde indica que não há cobrança extra. Na amarela, o valor acrescido será de R$ 0,015 por kW/h consumido. Na vermelha, que tem dois patamares, há o acréscimo de R$ 0,030 no patamar 1 e de R$ 0,045 no patamar 2. Atualmente, a bandeira vigente é a bandeira vermelha patamar 1.