Uma operação que investiga esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo o grupo atuante no mercado de fabricação de cigarros de palha e cachaçaria foi deflagrada na manhã de ontem. Estima-se que a prática da sonegação tenha ocasionado prejuízos de cerca de R$20 milhões aos cofres públicos.
Batizada de operação Paieiro, a força-tarefa foi constituída pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) e da 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Pitangui, Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e Polícia Civil. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais, expedidos pelo juiz da 1ª Vara da Comarca de Pitangui. Foram apreendidos documentos, cigarro e cerca de R$1 milhão em espécie.
As investigações tiveram início a partir de irregularidades constatadas pela fiscalização em trabalhos de auditoria, especificamente após análise do quantitativo de notas fiscais recebidas e emitidas pelas empresas contribuintes. A confrontação de valores revelou indícios da venda de cigarros de palha e cachaça, em grande quantidade, desprovidos de documento fiscal.