Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acreditam que a desativação de dez barragens da Vale em Minas Gerais vai provocar uma queda de 0,47% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado, redução de 15 mil postos de trabalho e queda de R$ 575 milhões na arrecadação. O chamado descomissionamento foi anunciado pela Vale no dia 29 de janeiro, quatro dias após o rompimento da Barragem do Feijão, em Brumadinho. Segundo o último balanço divulgado pela Defesa Civil, 207 mortes foram confirmadas. Outras 101 pessoas estão desaparecidas.
Contudo, a Vale já havia determinado o fim das barragens em 2016, pouco depois da tragédia em Mariana, quando a Barragem de Fundão, da Samarco, se rompeu, deixando dezenove mortos. Na época, a Vale anunciou o descomissionamento de 19 estruturas. Nove delas já foram desativadas.
O fim das outras dez significaria uma redução de 40 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representaria 10,38% da produção do estado, de acordo com dados de 2016. A longo prazo, a retração econômica seria de 0,6%, com perda de R$ 856 milhões em investimentos e arrecadação de impostos.