Corredor principal da Tumba Tebanas 123 (Foto Acervo/Projeto Amenenhet)
Expedição arqueologia coordenada por um pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriu uma tumba inexplorada na cidade de Luxor, no Egito. O espaço foi encontrado abaixo do mausoléu Tebana 123, que já estava sendo estudado pelo grupo.
“Essa nova tumba foi construída 600 anos depois da que a gente estava explorando. A gente desconfia que ela pertença ao chamado Terceiro Período Intermediário, ainda época dos faraós, mas um período mais simples”, disse o professor José Roberto Pellini, do Departamento de Antropologia e Arqueologia da universidade, coordenador da expedição, ao G1 Minas.
Foram encontrados sete indivíduos mumificados. Eles estavam em cestos de vime e os arqueólogos acreditam que sejam todos da mesma família. Uma das curiosidades que chamou a atenção dos pesquisadores é que foram encontrados indícios do século XVIII na tumba.
“A gente suspeita que um arqueólogo daquela época tenha entrado na tumba, coberto as múmias e depois saído. O interessante é que não há registro de algum trabalho feito nesta tumba”, falou Pellini.
A descoberta aconteceu durante expedição em janeiro e fevereiro, cujo intuito era explorar a tumba Tebala 123, ainda não estudada. Agora, o grupo retornará a Luxor no fim do ano para trabalhar na parte interna do mausoléu e também no espaço recém-descoberto. Os arqueólogos vão explorar a sala anexa à câmara funerária, que tem cerca de 12 metros quadrados e pé direito de 5 metros.
A Tumba Tebana 123 é de Amenenhet, sacerdote que ocupava diversos cargos, entre os quais o de contador de pães, que eram distribuídos como parte dos salários no Egito Antigo. O nobre serviu ao faraó Thutmosis III, da 18ª Dinastia, por volta de 1.800 a.C.
Programa Arqueológico Brasileiro no Egito (Bape)/Divulgação
Expedição coordenada por pesquisador da UFMG descobriu tumba inexplorada na cidade de Luxor, no Egito