POLÍCIA

Operação desmonta esquema de soltura ilegal de presos em Minas

O esquema criminoso contava com a participação de advogados, policiais civis e agentes penitenciários, além de cidadãos comuns

Publicado em 11/12/2018 às 17:12Atualizado em 17/12/2022 às 16:22
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta terça-feira,(11) com o apoio da Corregedoria- Geral da Polícia Civil, da Polícia Militar de Minas Gerais e da Secretaria de Administração Prisional, a fase dois da operação Resgate, com o propósito de dar cumprimento a três mandados de prisão preventiva expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, atendendo a pedido do Ministério Público.

O Procedimento Investigatório Criminal, presidido pelo MPMG, foi instaurado no início de 2018, em razão do recebimento de notícia de que um traficante, já investigado pelo Gaeco, havia sido solto indevidamente de estabelecimento prisional localizado na região metropolitana de Belo Horizonte.

Com a realização das diligências investigatórias, constatou-se que a soltura investigada pelo Ministério Público era apenas uma de muitas, executada por verdadeira empresa criminosa, que atuava falsificando informações dos sistemas eletrônicos das forças de segurança pública, visando à soltura de presos, mediante pagamento de propina.

Conforme apurado, o esquema criminoso contava com a participação de advogados, policiais civis e agentes penitenciários, além de cidadãos comuns. A organização foi responsável por, pelo menos, oito solturas indevidas, sendo que os presos beneficiados pelo esquema são, todos, traficantes e homicidas com grande poder econômico. Segundo as investigações, cada soltura, eram pagos, pelo preso irregularmente liberado, entre R$300 mil e R$850 mil, por meio de quantias em dinheiro, carros e imóveis, que eram sempre registrados em nome de terceiros, a fim de acobertar a origem criminosa do bem.

Nesta nova fase, foram cumpridos dois de três mandados de prisão expedidos e, ainda, foram apreendidos os telefones celulares de dois investigados. Um dos investigados ainda não foi localizado e as diligências continuam na tentativa de efetivar sua prisão.

Os investigados foram denunciados pelo MPMGo pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas, falsidade de documentos públicos e lavagem de dinheiro. A denúncia, ofertada contra 16 réus, descreve mais de trinta crimes. 

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