GERAL

Pesquisa aponta que desemprego e dívidas afetam mais as mulheres

Conforme dados do IBGE, 64,9% das pessoas fora da força de trabalho são mulheres

Publicado em 18/08/2018 às 09:24Atualizado em 17/12/2022 às 12:39
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Os efeitos da crise são mais sentidos pelas mulheres do que pelos homens e, entre os vários motivos que levam a isso estão o desemprego mais alto e a renda mais baixa quando comparados os sexos. Além disso, muitas ainda sustentam a casa sozinha, o que, muitas vezes, dificulta manter as contas em dia – tanto que a taxa de inadimplência entre elas aumentou mais que a entre os homens em junho, na comparação com mês anterior.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que conseguir emprego no país não é uma tarefa fácil: falta trabalho para 27,6 milhões de brasileiros. Mas a situação fica pior quando se trata de uma brasileira. Enquanto falta ocupação para 11% dos homens, a taxa para mulheres é de 14,2% no segundo trimestre do ano. A taxa global foi de 12,4%.

“Além disso, vale lembrar que, mesmo que a mulher desempenhe o mesmo tipo de trabalho, ela ganha menos”, observa a economista Ana Paula Bastos. Ainda conforme o IBGE, 64,9% das pessoas fora da força de trabalho são mulheres.

Levantamento feito pelo instituto mostra que as mulheres ganhavam, em média, 75% do que os homens recebiam entre 2012 e 2016. A pesquisa ainda aponta que as mulheres ganham menos mesmo estudando mais. Pesquisa realizada este ano pelo site de empregos Catho confirma os ganhos menores das mulheres na comparação com os homens em todos os cargos, áreas de atuação e níveis de escolaridade pesquisados – a diferença salarial chega a quase 53%. Além disso, mulheres são minoria nos principais cargos de gestão, como diretoria.

Por fim, estudo coordenado pela Escola Nacional de Seguros, que tem os dados da Pnad como base, o número de famílias chefiadas por mulheres mais que dobrou em uma década e meia.

Maternidade. Se o fato de ser mulher dificulta conseguir uma vaga no mercado de trabalho, ser mãe complica ainda mais a situação, observa o professor de economia do Ibmec-BH Felipe Leroy. “As empresas fazem isso pautadas pelas finanças, já que a mulher, quando engravida, tem direito à licença-maternidade”, analisa.

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