Casos de hipertensão são um desafio para a saúde pública mundial, afirma cardiologista

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Marco Antônio Vieira da Silva diz que hipertensão está associada a fatores de risco, como obesidade, diabetes e dislipidemia

Estima-se que, até 2025, 29% da população mundial tenha hipertensão, condição clínica multifatorial, cuja principal característica é a elevação persistente dos níveis pressóricos. A explicação é do médico cardiologista Marco Antônio Vieira da Silva, acrescentando que o quadro está frequentemente associado e é agravado por fatores de risco, como obesidade, diabetes e dislipidemia. “A hipertensão causa alterações funcionais e/ou estruturais em coração, vasos, cérebros e rins. Por isso, associa-se ao infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca e renal”, justifica.

Para o cardiologista, a doença é um importante desafio para a saúde pública mundial, devido à sua alta prevalência e associação direta e causal com doenças cardiovasculares e renais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de adultos com o quadro em 2025 deve aumentar quase 60%, chegando a um total de 1,56 bilhão de adultos. “Evidências científicas demonstram que, a partir de 115/75 mmHg, cada aumento de 20/10 mmHg na pressão arterial dobra o risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (acidente vascular e infarto)”, alerta.

Sobre o tratamento, o especialista pontua que pacientes com níveis tensionais classificados, como estágio 2 e 3 de hipertensão e com risco cardiovascular elevado, devem receber medicação anti-hipertensiva. Já pacientes com risco baixo e hipertensão estágio 1 podem ser tratados inicialmente com mudanças de estilo de vida, como redução da ingestão de sal, prática de exercícios, abandono do tabagismo, redução do peso e moderação no consumo de álcool. “Estas medidas são indicadas a todos hipertensos e toda a população, pois podem prevenir a hipertensão”, indica.

Por último, Marco Antônio diz que cerca de 70% dos pacientes hipertensos tratados irão necessitar de duas ou mais medicações anti-hipertensivas para manter sua pressão controlada nos níveis recomendados.