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Ensino a distância cresce mais que presencial, mas gera desconfiança

Agência Brasil
Publicado em 22/05/2018 às 11:45Atualizado em 16/12/2022 às 04:24
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Apesar de crescer em ritmo mais acelerado que o ensino presencial, a educação a distância (EaD) não é a primeira opção para a maioria das pessoas que buscam uma graduação. A desconfiança é grande. Pesquisa divulgada hoje (22) pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) – que representa grande parte do ensino superior particular do país – mostra que 62% dos entrevistados acreditam que a qualidade dessa modalidade não é bem avaliada no mercado de trabalho e 56% dizem que preferem o ensino presencial.

A pesquisa mostra desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet: 62% dos estudantes e potenciais alunos dizem que acreditam que as instituições de ensino EaD não oferecem suporte para tirar dúvida na hora e 37% dizem que têm dificuldade com sistema de aula online.

A pesquisa inédita “Um ano do Decreto EAD – O impacto da educação a distância” foi feita pela ABMES em conjunto com a empresa de pesquisas educacionais Educa Insights. Ao todo, foram entrevistados 1.012 homens e mulheres de 18 a 50 anos, sendo 256 alunos e 756 potenciais candidatos a educação superior em março deste ano.

Dos entrevistados, 27% disseram que escolheriam preferencialmente um curso EaD e 17% disseram que preferem ambos, EaD e presencial.

“Estamos falando de um público diferente da graduação presencial tradicional. Estamos trazendo para ensino superior um público mais velho, mais maduro, que já trabalha com maior intensidade. Esse público precisa da flexibilidade da EaD para completar o curso superior”, diz o vice-presidente da ABMES, Celso Niskier.

O estudo mostra que aqueles que escolhem a educação presencial exclusivamente são mais jovens – 53% têm até 30 anos; 76% trabalham; 33% são da classe social A ou B; 64% estudaram em escolas públicas e 36% em particulares.

Entre aqueles que preferem a EaD, 67% têm mais de 30 anos; 83% trabalham; 25% são das classes sociais A ou B; 75% estudaram em escolas públicas e 25% em particulares.

Em relação a qualidade da EaD, Niskier diz: “Os jovens acham que mercado de trabalho ainda não percebe muito bem a qualidade da educação a distância. Isso tende a desaparecer com o tempo na medida que comecemos a formar mais e o desempenho desses profissionais seja equivalente”.

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