Dermatologista orienta sobre o tratamento da dermatite atópica

 Babi Magela

Dermatologista Giovanna Prata explica que a dermatite atópica é crônica e, embora associada à infância, pode persistir após a adolescência

Começa hoje (22) a Semana Mundial da Alergia, que é celebrada em 2018 até 28 de abril. E o tema deste ano é a dermatite atópica, uma doença inflamatória e crônica, normalmente associada à infância, podendo permanecer na idade adulta.

Segundo a médica dermatologista Giovanna Prata, a dermatite atópica é um dos principais quadros de eczema ou alergia da infância. “Nesta patologia, um dos principais achados é um déficit na barreira de proteção da pele, fazendo com que ela fique mais exposta a agentes agressores externos – algumas vezes, até o suor”, explica. 

Entre as principais alterações provocadas pela doença está a pele extremamente seca e, às vezes, com áreas de irritação, principalmente nas dobras. “Pode acometer o rosto também. São áreas que coçam bastante, ficam irritadas e que podem apresentar infecções secundárias, o que acaba agravando o quadro”, comenta.

Para quem tem dermatite atópica, a principal medida contra o seu agravamento é a correta hidratação da pele, visando a reparação da barreira cutânea. Para isso, o banho deve ser rápido, morno, com sabonete neutro. Deve-se evitar o uso de sabonete e hidratantes perfumados. “O paciente deve usar sabonete o mais próximo do neutro possível, de preferência de glicerina, e aplicar o creme hidratante logo após o banho, para repor a barreira de proteção que está em pequena quantidade na dermatite atópica”, orienta Giovanna Prata. Ela acrescenta que o hidratante pode e deve ser reaplicado sempre que a pele estiver ressecada. 

Contudo, quando já estiver com áreas de irritação instaladas, o paciente deve procurar auxílio médico. “O tratamento adequado e o uso correto do hidratante ajudam a espaçar as crises e auxiliam o paciente a conviver melhor com a dermatite atópica”, finaliza a especialista.