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Empresas doam 100 fuzis e 100 mil munições para intervenção no Rio de Janeiro

Por serem armas apropriadas para uso em ações mais complexas, geralmente são destinadas para uso policial e militar e emprego urbano

Publicado em 21/03/2018 às 15:07Atualizado em 16/12/2022 às 05:25
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A empresa Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) doaram ontem (20) 100 fuzis e 100 mil munições para a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro. Os artigos serão repassados às secretarias estaduais de Segurança Pública e de Administração Prisional, que decidirão como os armamentos serão empregados. Por serem armas apropriadas para uso em ações mais complexas, geralmente são destinadas para uso policial e militar e emprego urbano.

De acordo com Salésio Nuhs, presidente da Taurus, o valor comercial dos artigos doados é estimado em R$ 1,5 milhão. "Foi uma decisão dessas duas empresas estratégicas de defesa. Nós sentimos na obrigação, como empresas brasileiras, de colaborar com o Exército nessa intervenção no Rio de Janeiro, para melhoria da segurança pública", disse.

Embora as polícias do Rio de Janeiro ainda não possuam fuzis da marca, Nuhs disse que o armamento é usado por forças de segurança em outros estados. A arma, de calibre 5,56 milímetros, foi lançada pela Taurus no meio do ano passado. Sua plataforma, porém, existe desde a década de 1960 e é usada por exércitos de aproximadamente 15 países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e por forças de segurança em mais de 80 países. "É uma arma leve, com menos de três quilos e capacidade para 30 munições, destinada para uso policial e militar e emprego urbano", descreveu o presidente da Taurus.

A doação ocorreu durante uma cerimônia rápida com a presença do interventor federal, general Walter Braga Netto. O cerimonialista convidou Salésio Nuhs para entregar simbolicamente um dos fuzis e, pouco mais de um minuto depois, o evento terminou. O general Braga Netto saiu sem falar com a imprensa.

O porta-voz do Gabinete de Intervenção Federal, coronel Roberto Itamar, descartou preocupações com a qualidade das armas doadas. No ano passado, após a Polícia Civil ter enfrentado problemas com pistolas da marca Taurus, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) determinou a realização de uma auditoria. "O fuzil não tem qualquer ligação técnica com as pistolas", disse Roberto Itamar.

Este é o segundo anúncio feito no mês envolvendo um incremento do armamento das forças de segurança no Rio de Janeiro. No início do mês, o Exército informou que autorizou o repasse à Polícia Civil do estado de 15 fuzis AR-10, apreendidos em uma operação no Aeroporto do Galeão, em junho do ano passado.

O coronel informou ainda que a PM poderá receber o reforço de novos veículos blindados. "Alguns carros da própria PM já estão sendo recuperados pelo Exército e há a possibilidade de se aportar mais alguma coisa. Provavelmente até o final desse mês, teremos alguma notícia com relação a isso".

Fonte: Agência Brasil

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