Notícias falsas disseminadas nas redes sociais podem impactar negativamente na saúde

A área da saúde também tem sido alvo das fake news. Ainda não há comprovação científica, mas especialistas já consideram que denúncias de vacinas que prejudicam a vitalidade e anúncios de medicamentos milagrosos contra o câncer funcionam como um vírus, sendo tão ou mais nocivos do que esses microrganismos.

Ao buscar o termo “tratamento de câncer” no Google, por exemplo, o internauta tem acesso a mais de quatro milhões de páginas de artigos e sites sobre o assunto. Em outra rede social, o YouTube, possui uma infinidade de vídeos sobre a origem e a cura de diversas doenças, contudo, todos não possuem comprovação.

Ao Jornal O Tempo, o médico Maurie Markman, presidente da Cancer Treatment Centers of America (CTCA), nos EUA, que acompanha o fenômeno nos últimos anos, disse que os impactos são preocupantes. “Notícias falsas podem fazer com que aumente o número de pessoas doentes por falta de vacinação ou pelo uso inadequado de medicamentos ou outras substâncias e, infelizmente, até mesmo, levar a óbitos”, avalia o médico, dizendo que as pessoas tendem a não procurar informações em fontes confiáveis, como sites de instituições governamentais e de saúde.

Para o professor e coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai), Pablo Ortellado, notícias inverídicas sobre saúde tendem a ganhar destaque nas redes sociais principalmente por serem carregadas de conteúdo de apelo emocional, como o medo e a preocupação. O pesquisador explica que elas não têm necessidade de corresponder à realidade.

Como forma de combater as notícias falsas disseminadas no ambiente virtual, o Instituto Oncoguia criou o projeto Onco Confirma, que disponibiliza um número de WhatsApp para responder o que é verdade ou mentira. A organização afirma que a dúvida pode ser respondida em até 48 horas por oncologistas voluntários. O número do Onco Confirma é (11) 98790- 0241.

*Com informações do jornal O Tempo.