GERAL

Especialista alerta sobre sintomas da fibrose pulmonar idiopática

Falta de ar, tosse seca, diagnósticos de pneumonia recorrentes e cansaço para realizar atividades cotidianas são alguns sintomas da doença

Letícia Morais
Publicado em 14/01/2018 às 19:21Atualizado em 16/12/2022 às 07:15
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Foto Jairo Chagas

Patrícia Naves Resende esclarece que os sintomas podem ser confundidos com sinais de envelhecimento

O avanço da medicina, a descoberta de novos tratamentos e melhores hábitos de vida são alguns dos motivos que levam ao envelhecimento tardio, aumentando a expectativa de vida. A má notícia é que uma das implicações disso é a mudança no perfil de doenças. É o caso da fibrose pulmonar idiopática (FPI) que, segundo a pneumologista Patrícia Naves de Resende, é de causa desconhecida e gera nos pulmões um processo contínuo de agressão e reparação anormal – cicatrizes e fibrose –, com consequente “endurecimento pulmonar”.

Patrícia Naves esclarece que os sintomas da FPI podem ser confundidos com sinais de envelhecimento, o que leva à procura tardia de um pneumologista. Falta de ar, tosse seca, diagnósticos de pneumonia recorrentes e cansaço para realizar atividades cotidianas são alguns deles.

A especialista explica que a FPI está associada a elevadas taxas de mortalidade devido à piora progressiva da função respiratória e acomete pessoas acima de 50 anos. “Predisposição genética e exposição contínua a fatores agressores, como tabagismo, podem antecipar o aparecimento da doença. A partir do diagnóstico, os pacientes exibem média de sobrevida de 50% em 2,9 anos”, explica.

Para a pneumologista, a preocupação médica está em estabelecer o diagnóstico correto e precoce, já que há tratamento que pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Patrícia Naves pontua que, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do Nintedanibe e da Pirfenidona, depois da realização de estudos que indicaram queda em mais de 68% dos casos de crises agudas da doença após o uso desses medicamentos, além da redução da piora progressiva da função pulmonar em 50%. “No entanto, ainda não há previsão para a implementação do tratamento no SUS. O custo é elevado, sendo que o paciente precisa desembolsar cerca de R$13 mil por mês por tempo indeterminado”, completa.

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