Osteoartrose reduz a qualidade de vida e atinge mais pessoas acima de 65 anos

Foto Sandro Neves

Celso Pintinha pontua que os sintomas mais frequentes são dores, rigidez articular, edema e deformidades articulares

A coxoartrose, mais conhecida como osteoartrose do quadril ou até mesmo artrose do quadril, é uma doença que restringe os movimentos, piorando a qualidade de vida do seu portador. O ortopedista Celso Martins Pintinha destaca que a doença provoca um processo degenerativo das articulações, neste caso, do quadril, e por isso representa uma das principais causas de restrição e limitação funcional articular.

O especialista Celso Pintinha diz que quase 80% das pessoas acima de 65 anos podem apresentar a osteoartrose em uma ou mais articulações, mas ele considera mais comum a ocorrência dessa doença entre mulheres acima dos 55 anos. “A osteoartrose acomete de 5% a 10% da população, sendo que quase metade desses pacientes necessita de tratamento cirúrgico”, afirma o médico.

No Brasil, quase 10% das causas de afastamento do trabalho estão relacionadas à osteoartrose. Celso Pintinha pontua que os sintomas mais frequentes são dores, rigidez articular, edema e deformidades articulares. “Quando está instalada no quadril, o paciente manca e tem dificuldade para andar, assim como para subir e descer escadas”, analisa.

Tratamento. O ortopedista afirma que a primeira opção é o tratamento clínico conservador, evitando exercícios de impacto e estimulando o alongamento e o fortalecimento muscular do quadril, assim como o uso de medicamentos para as dores e para retardar a evolução da doença.

Quando não se obtêm resultados com o tratamento convencional e o paciente atinge alto grau de dores e impotência funcional, perdendo a qualidade de vida, Celso Pintinha indica a cirurgia, conhecida como artroplastia, que é a substituição articular com a colocação de uma prótese de quadril. “É um dos procedimentos cirúrgicos mais bem-sucedidos em todo o mundo. A satisfação do paciente costuma ser alta por proporcionar alívio das dores, melhora da função articular e ganho na qualidade de vida diária”, completa.