Messias Cardoso afirma que imprevistos financeiros, perda de emprego, dívidas e aumento dos gastos são fatores a serem avaliados
Foto/Sandro Neves
Messias Cardoso afirma que imprevistos financeiros, perda de emprego, dívidas e aumento dos gastos são fatores a serem avaliados
Novembro é marcado pela expectativa dos trabalhadores de receberem o 13º salário. Durante o mês, crescem as dúvidas sobre como melhor investir o dinheiro extra recebid presentes de Natal, quitação de dívidas, guardar para os impostos do começo do ano, além do tradicional material escolar. Porém, são muitas contas para pouco dinheiro e diversas pessoas têm dificuldade em lidar com tamanha pressão.
O psiquiatra Messias Pereira Cardoso destaca a necessidade de se ter cuidado com o impacto das finanças na vida e no comportamento de cada um. “Paciente em sofrimento ansioso, depressivo e excesso de impulsividade deve ter um cuidado maior, já que a capacidade para decisões pode ser prejudicada, com impulsividade para gastar, por exemplo”, explica.
Na avaliação do psiquiatra, pessoas com esses comportamentos acabam aliviando o mal-estar em gastos impulsivos, desde alimentos até produtos mais caros. “Nesses casos, o psiquiatra deve fazer um trabalho terapêutico e psicoeducativo com o paciente, para que essa fase do ano não se torne um gatilho para uma desordem emocional”, avalia o especialista.
Messias Pereira Cardoso esclarece que os transtornos psiquiátricos têm um fundo de origem biológica, porém sofrem várias influências ao longo da vida. Essas influências são capazes de desestabilizar e causar recaídas, como quando ocorrem perdas familiares, financeiras e conflitos amorosos, causando desde quadros ansiosos a depressivos. “Imprevistos financeiros, perda de emprego, dívidas e aumento dos gastos são fatores que devem ser muito bem avaliados pelo especialista na dinâmica do paciente”, afirma.
O especialista diz, ainda, que pessoas que têm impulso em comprar, vender, consumir e endividar-se podem ter como causa, ou até mesmo consequência, uma desordem psicológica e psiquiátrica. “Converse com familiares, amigos e procure orientação profissional”, aconselha.