GERAL

Câncer de mama: especialista orienta da prevenção à reconstrução mamária

Letícia Morais
Publicado em 12/11/2017 às 09:19Atualizado em 16/12/2022 às 09:07
Compartilhar

Foto/Reprodução

Desde 2013, mulheres submetidas a algum tratamento oncológico adquiriram o direito de ter suas mamas reconstruídas

O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo que a cada ano 1,38 milhão de novos casos são descobertos e 458 mil mortes decorrentes da doença acontecem, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença não é exclusivamente feminina, porém a incidência é maior entre as mulheres: para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. Contudo, segundo a mastologista Ana Carolina Crozera, a agressividade da enfermidade não tem relação com o sexo, mas sim com o tipo da doença e em que estágio foi diagnosticada.

Como o câncer de mama é de difícil prevenção, devido à multiplicidade de fatores relacionados ao seu aparecimento, a mastologista orienta cuidados básicos, como boa alimentação, controle de peso, evitar bebida alcoólica e prática regular de exercícios, que poderão reduzir em até 28% o risco.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, uma a cada 12 mulheres poderá ter um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. “As consultas devem ser anuais, porque o autoexame não substitui o exame do especialista”, esclarece a mastologista.

Reconstrução mamária. Desde 2013, mulheres submetidas a um tratamento oncológico adquiriram o direito de ter suas mamas reconstruídas. Apesar disso, Ana Crozera lamenta que apenas um terço das mulheres consiga fazer a cirurgia de reconstrução, que pode ser feita de imediato, durante o tratamento cirúrgico oncológico ou o tratamento tardio. “Temos vários tipos de próteses – as definitivas e as temporárias –, além de retalhos musculares. A indicação será feita por um médico, que analisará o caso e dirá o que será melhor para a paciente”, completa.

Aprovado projeto que obriga SUS a fazer cirurgia plástica reparadora

Os senadores aprovaram, na quarta-feira, 8, um projeto que obriga as redes pública e privada de saúde a promover cirurgia plástica reparadora da mama nos dois seios das mulheres vítimas de câncer. Caso vire lei, será criada a chamada simetrização, que prevê a reconstrução mamária em ambos os seios, mesmo que a doença se manifeste em apenas um dos lados.

Aprovada no Senado, a proposta precisa ser analisada pela Câmara dos Deputados, antes de seguir para a sanção presidencial. De acordo com o texto, as mutilações decorrentes de tratamento de câncer poderão ser reconstruídas assim que forem alcançadas as “condições clínicas requeridas”.

Relatora do projeto, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), ampliou o direito às mulheres que usam planos de saúde, já que antes a obrigação se estendia apenas a cirurgias gratuitas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por