GERAL

Dia Mundial da Trombose objetiva conscientizar sobre fatores de risco

Entre os fatores de risco estão idade, sedentarismo, insuficiência cardíaca, obesidade, tumores, varizes e imobilização

Publicado em 08/10/2017 às 23:36Atualizado em 16/12/2022 às 09:58
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No dia 13 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Trombose, que visa a conscientizar a população sobre os fatores de risco e a gravidade da doença. A trombose caracteriza-se pela formação de trombos ou coágulos sanguíneos e pode resultar em obstrução dos vasos responsáveis pela passagem do sangue, causando sérias complicações, como AVC e embolia pulmonar ou morte. A trombose é responsável por uma a cada quatro mortes no mundo. No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é de que dois habitantes a cada mil sofram de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. No 1º semestre de 2016, a trombose atingiu 65 mil brasileiros.

Há uma série de fatores que podem desencadear a doença, entre eles a idade avançada, o sedentarismo, a insuficiência cardíaca, a obesidade, tumores malignos, a presença de varizes e imobilização. As viagens longas também oferecem risco, pois aumentam em até três vezes as chances de a pessoa desenvolver tromboembolismo venoso. Isso ocorre porque, durante viagens longas, o passageiro permanece muito tempo na mesma posição, levando então à alteração do fluxo sanguíneo.

Segundo a hematologista Suely Rezende, professora do departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trombose venosa relacionada a viagem é também conhecida como “síndrome da classe econômica”. Estudo publicado em 2008 calculou que o risco de embolia pulmonar grave logo após um voo aumenta com a duração da viagem e varia de zero, em voos com duração inferior a três horas, a até 4,8 eventos por milhão, em voos com duração acima de 12 horas.

Ela explica que o risco de embolia pulmonar fatal imediatamente após o desembarque é menor que 0,6 por milhão de passageiros em voos com duração superior a três horas, porém aumenta exponencialmente quando falamos em trombose assintomática após voos de longa duração, chegando a 12%. “Infelizmente, no Brasil, as pessoas desconhecem esses riscos, pois a informação não é disseminada pelas companhias aéreas. Isso é algo preocupante, visto que, segundo o Ministério do Turismo, em 2016 desembarcaram no Brasil 10.094.438 passageiros de voos internacionais”, alerta a médica.

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