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Privatização da Eletrobras divide governistas e oposição na Câmara

De acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Maia, o anuncio da privatização é “notícia histórica”

Publicado em 23/08/2017 às 07:49Atualizado em 16/12/2022 às 02:08
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O anúncio de privatização da Eletrobras dividiu aliados do governo e membros da oposição na Câmara dos Deputados. Elogiada pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, a notícia de desestatização da empresa do setor elétrico foi criticada pelo líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP). De acordo com Maia, o anuncio da privatização é “notícia histórica”.

Para o presidente da Câmara, o mais importante é saber se o cidadão está sendo bem atendido. “Privatizar a Eletrobras, garantir uma melhor gestão, garantindo que a tarifa de energia possa cair, nós estamos atendendo o nosso objetivo”, disse. “Nós precisamos que as empresas que têm capital público atendam aos brasileiros, independente de quem é a gestão”, acrescentou.

Já o deputado Carlos Zarattini (SP) disse que a medida reflete a dificuldade do governo federal em fechar as contas. “Nós achamos isso um verdadeiro absurdo. A Eletrobras é um patrimônio nacional, sustentou o setor elétrico até agora. Nós não temos falta de energia no Brasil, desde o famigerado apagão em 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso”, disse.

Segundo Zarattini, a privatização da Eletrobras não vai garantir a melhora no setor elétrico. Além do líder, em nota, a bancada do PT na Câmara repudiou o anuncio de privatização da Eletrobras. “O governo propõe a privatização do Setor Elétrico Nacional sem levar sequer em consideração impedimentos constitucionais referentes ao controle da Eletronuclear e aos acordos binacionais”.

Para o líder do DEM, Efraim Filho (PB), a desestatização é uma medida modernizadora que vai atender as necessidades de se implantar um estado mais eficiente. De acordo ele, um processo bem conduzido e feito com lisura e respeito às regras de mercado tende a beneficiar a população na melhoria dos serviços e no barateamento dos preços. “Há tempos, a Eletrobras não tem capacidade de investimento. Para voltar a ter uma condição sustentável, necessitaria de aporte financeiro por parte do governo federal, o que é muito difícil considerando a situação fiscal precária que enfrentamos”, afirmou o deputado.

Fonte: Agência Brasil

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