Apesar de o relatório não abordar cidades específicas em que os imóveis foram avaliados, Uberaba aparece com empreendimentos que apresentaram alto grau de satisfação dos mutuários
O Ministério da Transparência e a Controladoria-Geral da União (CGU) avaliaram a execução do Programa Minha Casa Minha Vida para beneficiários das faixas 2 e 3, financiado com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo da medida foi verificar a regularidade dos contratos da Caixa Econômica Federal com as construtoras e mutuários; o impacto no déficit habitacional estimado; a elegibilidade do público-alvo; e o nível de satisfação dos beneficiários.
O relatório consolida dados de 77 empreendimentos ou contratos celebrados entre a Caixa e as construtoras, distribuídos em doze estados; dentre eles, Minas Gerais. Foram avaliados 30 contratos individuais de compradores para cada empreendimento visitado. Os trabalhos de campo foram realizados em 2015, com a análise de 2.166 contratos e 1.472 unidades habitacionais.
Com relação às construções, 56,4% das unidades da amostra visitada apresentaram defeitos e falhas estruturais ocorridas dentro da garantia. Entre elas, infiltrações, falta de prumo (verticalidade de paredes e colunas) e de esquadros (se os planos medidos estão com ângulo reto), trincas e vazamentos. Já na área externa, menos de 20% dos moradores informaram situações de alagamento, iluminação deficiente e falta de pavimentação.
Apesar dos problemas apontados, a satisfação dos beneficiários entrevistados em relação aos imóveis se mostrou positiva: o nível foi considerado “Alto” em 33,1% dos casos e “Médio” em 47,2%. Segundo o relatório, o resultado pode estar relacionado ao fato de a Caixa e as construtoras terem oferecido assistência e reparos às deteriorações dentro do prazo de garantia.
Localidades. Apesar de o relatório não abordar cidades específicas em que os imóveis foram avaliados, Uberaba aparece com empreendimentos que apresentaram alto grau de satisfação dos mutuários.