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Uma em cada cinco refugiadas – ou mulheres deslocadas em complexos humanitários – sofreu violência. O número, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ainda é subnotificado e serve como alerta no Dia Laranja pelo Fim da Violência contra as Mulheres, celebrado neste domingo (25).
Segundo a ONU, a discriminação contra mulheres e meninas é causa e consequência do deslocamento forçado e da apatridia (falta de nacionalidade e de cidadania). Muitas vezes, essa discriminação é agravada por outras circunstâncias, como origem étnica, deficiências físicas, religião, orientação sexual, identidade de gênero e origem social.
As mulheres representam 49% das pessoas refugiadas em 2016, de acordo com relatório Tendências Globais, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Aquelas que estão desacompanhadas, grávidas ou são idosas estão ainda mais vulneráveis.
Muitas dessas mulheres estão fugindo de conflitos em sua terra natal e sofreram violências extremas e violações dos direitos humanos, como assassinato e desaparecimento de familiares, violência sexual e de gênero e acesso restrito a alimentos, água e eletricidade. Algumas foram repetidamente deslocadas ou foram exploradas ou abusadas em busca de segurança.
As mulheres refugiadas também são, muitas vezes, as principais cuidadoras das crianças e dos membros idosos da família, o que aprofunda ainda mais a necessidade de proteção e apoio. Com oportunidades econômicas limitadas, as opções para construir meios de subsistência geralmente são limitadas ao trabalho informal de baixa remuneração, o que aumenta o risco de serem colocadas em situações precárias de trabalho.
Fonte: Agência Brasil