Um estudo apresentado ontem (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a expansão da banda larga priorizando municípios com maior população tem a capacidade de beneficiar um maior número de pessoas do que se forem priorizados municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O objetivo do estudo é embasar as políticas públicas do governo para a universalização da internet no Brasil.
O estudo, apresentado em um seminário na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), avaliou o impacto da construção de 20 mil quilômetros de fibra óptica, de acordo com cada um dos critérios. Nos municípios priorizados pelo menor IDH, a população total atingida pela infraestrutura seria de 6 milhões de habitantes. Se forem priorizados os municípios com maior população, a mesma infraestrutura poderia beneficiar 12 milhões de habitantes.
O presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, explicou que o estudo está colocando as alternativas para o governo decidir para onde quer caminhar com os investimentos de internet. “Se você leva a internet à população com baixo IDH e não tiver mercado, não tiver demanda, é um investimento perdido, gastos não produtivos. Ao passo que se for para uma população maior, que tem uma demanda garantida, tem uma rentabilidade maior para o investimento”, disse.
Fonte: Agência Brasil