GERAL

Medicamento que previne o HIV passa a ser distribuído pelo SUS

Profilaxia Pré-exposição (PrEP) será ofertada para as populações com maior risco de infecção pelo HIV

Publicado em 24/05/2017 às 17:09Atualizado em 16/12/2022 às 13:07
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 Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (24) o fornecimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco da infecção pelo HIV antes da exposição ao vírus. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) passará a ser distribuída gratuitamente em até 180 dias após a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), prevista para a próxima segunda-feira (29).

A PrEP consiste na utilização do medicamento antirretroviral (truvada) antes da exposição ao vírus, em pessoas não infectadas pelo HIV e que mantêm relações de risco com maior frequência.

No Brasil, a estimativa é que a PrEP seja utilizada por uma população de 7 mil pessoas que fazem parte das populações-chave, no primeiro ano de implantação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os grupos de risco são formados por casais soro diferentes, gays; homens que fazem sexo com homens; profissionais do sexo e pessoas transgêneros (travestis e transexuais). Porém, estes não são os únicos critérios para indicação da PrEP. Para isso, será necessária uma avaliação da vulnerabilidade do paciente, de acordo com comportamento sexual, número de parceiros sexuais, outros métodos de prevenção utilizados e o compromisso com a adesão ao medicamento. Essa análise deverá ser feita pelos profissionais de saúde.

O Boletim Epidemiológico de Aids demonstra taxas de prevalência de HIV mais elevadas nestes subgrupos populacionais quando comparadas às taxas observadas na população geral. Enquanto a prevalência na população geral é de 0,4%, nas mulheres profissionais de sexo é de 4,9%. Entre pessoas que usam drogas (exceto álcool e maconha) é de 5,9% e entre gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH) a taxa de prevalência por HIV é de 10,5%.

Com a nova medida, o Brasil se torna o primeiro país da América Latina a utilizar essa estratégia de prevenção como política de saúde pública. O investimento inicial do Ministério da Saúde será de U$ 1,9 milhão na aquisição de 2,5 milhões de comprimidos, o que deve atender a demanda pelo período de um ano.

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