Apesar de inadimplência, faculdades reajustam preços das mensalidades

Com alto índice de inadimplência atingindo 25% em Minas Gerais, faculdades reajustam em 14,6% o preço das mensalidades. De acordo com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), havia sido estimado em 2016 reajuste entre 11% e 14% no Estado, para o ano de 2017. O cálculo foi discutido em assembleia geral com os diretores de escolas e é baseado nos índices econômicos atuais e previsões econômicas para este ano.

No caso do Ensino Superior, a crise econômica aumentou a inadimplência e as reduções e atrasos de pagamentos em programas como o Fies e Prouni, em 2016, também prejudicaram o segmento.

O reajuste das mensalidades diversifica de acordo com o curso. Os que demandam alto custo subiram acima da inflação. Enfermagem teve alta de (14,6%), Ciências Contábeis (12,75%) e Medicina (9,1%). Já outras áreas tiveram reajustes bem menores, como Odontologia (3,99%), Engenharia Civil (5,7%), Jornalismo (5,5%) e Administração, período noturno (6,2%). No caso de Nutrição, o preço médio chegou a cair 2,15%. Enquanto é possível pagar R$559 na mensalidade do curso de Administração noturno, o curso de Medicina chega a custar R$7.791 por mês em algumas instituições em Minas.

Ainda de acordo com nota enviada pela assessoria de comunicação do Sinep-MG, segundo a Lei 9.870/1999, o valor das anuidades escolares dos ensinos pré-escolar, fundamental, médio e superior, deverá ser divulgado em local de fácil acesso ao público, no período mínimo de 45 dias antes da data final para matrícula, conforme calendário e cronograma da instituição de ensino e, após fixado o valor das anuidades, a escola não pode fazer alterações neste valor durante um ano, independente de mudança na conjuntura econômica nacional. Isso significa que qualquer alteração de preços, insumos e gastos médios durante o ano é de responsabilidade da instituição e não pode ser repassada ao aluno.