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O pneumologista Carlos Alberto de Castro Pereira indica que tabagismo, a exposição a poluentes, refluxo, infecção crônica e fatores genéticos são fatores de risco para a FPI
No dia 1º de outubro é comemorado, no Brasil, o Dia do Idoso. Aproveitando a visibilidade da data, é essencial conscientizar a população sobre a importância de não negligenciar sintomas que podem indicar doenças graves, mas que frequentemente são confundidos com sinais comuns do envelhecimento. Tosse, falta de ar, cansaço e limitações ao realizar atividades diárias podem ser indícios de Fibrose Pulmonar Idiopática, ou FPI, doença que ocasiona a formação de cicatrizes (fibroses) permanentes no pulmão, resultando no declínio da função pulmonar.
A FPI apresenta sobrevida mediana menor que muitos tipos de cânceres, como de mama e próstata. “Quanto antes a doença for diagnosticada e o tratamento instituído, mais chances de aumentar a sobrevida com qualidade. A FPI pode levar ao óbito dentro de 2 a 3 anos do diagnóstico sem o tratamento adequado. A FPI tem incidência maior em pessoas com mais de 50 anos, e, é nessa faixa de idade que as pessoas passam a confundir os sintomas, como tosse e falta de ar, com sinais de envelhecimento e outras doenças cardíacas e pulmonares”, afirma o pneumologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (USP), Carlos Alberto de Castro Pereira.
As pessoas que desenvolvem a Fibrose Pulmonar Idiopática apresentam um endurecimento progressivo dos dois pulmões. O aparelho respiratório vai aos poucos perdendo a elasticidade e a capacidade de expandir e oxigenar o corpo. Estima-se que haja de 13 a 18 mil casos no país, mas esse número pode ser ainda maior, já que a taxa de diagnósticos é baixa. Por ser uma doença idiopática, ainda não se sabe quais são as causas, mas entre os fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da FPI estão o tabagismo, a exposição ambiental a diversos poluentes, refluxo gastroesofágico, infecção viral crônica e fatores genéticos.