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Primavera aumenta índice de catapora em crianças de até 13 anos, diz médico

O surto de crianças ‘pintadinhas’ é mais comum em épocas de variações climáticas, que favorecem a proliferação do vírus pelo ar e a sensibilidade imunológica dos pequenos

Letícia Morais
Publicado em 25/09/2016 às 10:29Atualizado em 16/12/2022 às 17:15
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Foto/Jairo Chagas

O médico patologista César Augusto de Morais e a enfermeira Sheila de Oliveira Souza explicam que a prevenção da doença ocorre por meio da vacinação

Conhecida popularmente como catapora, a varicela é causada por um vírus chamado varicela-zóster e tem maior incidência na primavera. Geralmente, a catapora atinge crianças de um até 13 anos. Aparecimento de febre, mal-estar, dor de cabeça e cansaço são os primeiros sintomas da doença.

Segundo o médico patologista César Augusto de Morais, o surto de crianças ‘pintadinhas’ é mais comum em épocas de variações climáticas, que favorecem a proliferação do vírus pelo ar e a sensibilidade imunológica dos pequenos. “A literatura diz que, entrando na primavera, existe uma incidência maior de varicela em locais onde há maior aglomeração de pessoas, como creches e escolas. Mas vale destacar que isso é sazonal, não quer dizer que vai acontecer. Pode ocorrer, mas não obrigatoriamente acontece”, explica o especialista.

Os primeiros sinais da doença são o aparecimento de febre, mal-estar, dor de cabeça e cansaço. O surgimento das manchas avermelhadas na pele ocorre de um a dois dias, e logo dão lugar a vesículas cheias de líquido. Essas bolhas formam casquinhas que provocam coceira. “As lesões de pele, chamadas de pustulosas, evoluem para uma bolhazinha, onde existe um pouco de líquido, que é o transmissor da doença de indivíduo para indivíduo”, salienta o médico.

O especialista esclarece que o período de incubação da varicela dura em média dez dias. “Tem uma característica que, em uma mesma pessoa, podem aparecer lesões na pele, assim como mucosa na boca e no couro cabeludo. Outra é que podem aparecer lesões na fase inicial e terminal, e essas lesões vão evoluindo, secando e desaparecem por volta de uma semana ou dez dias. Às vezes, pode prolongar um pouco mais, dependendo da imunidade de cada um”, destaca Morais.

Tratamento. Assim como no caso de outras doenças transmitidas por vírus, o tratamento é muito limitado, conforme o patologista. A recomendação do especialista é não coçar as feridas, com o objetivo de evitar a contaminação por bactérias. “No caso das crianças, por exemplo, elas acabam coçando porque essas lesões proporcionam um prurido bastante intenso. Isso proporciona, às vezes, uma contaminação secundária por bactérias, gerando complicação”, afirma César Augusto de Morais. Quando o problema é com as crianças, é recomendável que os pais cortem as unhas dos pequenos, no intuito de não ferir o local.

Vacina. Uma forma de prevenção, conforme explica o especialista, é por meio da vacinação contra o vírus da varicela. “A vacina oferece quase 99% de efetividade nas crianças de um a 13 anos. A Sociedade Brasileira de Pediatria e Imunização recomenda que, a partir dos 13 anos, se faça um reforço, gerando uma possibilidade de imunização até o fim da vida”, destaca. No entanto, o médico destaca que mulheres grávidas não devem tomar a vacina, pois a gestante pode transmitir o vírus para o feto e gerar uma complicação. “É preciso primeiro dar à luz para poder se vacinar”, completa.

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