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Perda auditiva pode levar idoso à depressão

Apoio da família para procurar tratamento ajuda a evitar o isolamento social de idosos com deficiência auditiva

Publicado em 11/09/2016 às 10:07Atualizado em 16/12/2022 às 17:23
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Foto/Reprodução

Apoio da família para procurar tratamento ajuda a evitar o isolamento social de idosos com deficiência auditiva

A população idosa vem crescendo no Brasil. Em 2020, o país deverá ter 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos e a dificuldade de ouvir atingirá grande parte dos indivíduos nessa faixa etária. A deficiência auditiva, com o decorrer do tempo, pode levar ao isolamento social progressivo e à depressão, principalmente se a pessoa também tiver outras limitações funcionais, como dificuldades para andar.

“Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do corpo, pois uma boa audição traz mais alegria de viver. E, na área auditiva, a tecnologia surge como grande aliada do deficiente auditivo. O uso de aparelhos auditivos, cada vez mais tecnológicos e com design muito atrativo, proporciona uma audição mais natural, resultando em melhorias significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma a fonoaudióloga Isabela Papera.

Depois dos 65 anos, a perda auditiva ou presbiacusia tende a ser mais severa. A hereditariedade e a exposição frequente a ruídos altos, ao longo da vida, também são fatores que contribuem para a perda de audição na terceira idade. A principal evidência de que há algo errado com a audição é a dificuldade para entender uma conversa ou ouvir um programa da TV. O zumbido no ouvido também pode ser sinal de dano auditivo. A fonoaudióloga recomenda que ao surgir o primeiro sinal, o indivíduo faça uma avaliação chamada audiometria, para evitar o agravamento do problema.

Para os cuidadores, familiares e idosos, o aviso é clar prestem atenção à perda de audição. “A maioria dos indivíduos procura atendimento médico cinco, dez ou até 20 anos depois dos primeiros sinais de dificuldades para ouvir e as consequências da deficiência se agravam, sem intervenções que possam fazer a diferença. Pessoas com dificuldade em compreender o que alguém está dizendo, muitas vezes, deixam de aceitar convites para jantares, festas ou eventos familiares, assistir a shows ou palestras. Com o tempo, esse retraimento social pode levar à completa ausência de relacionamentos”, esclarece a fonoaudióloga.

É frequente os familiares descreverem o idoso com deficiência auditiva como confuso, desorientado, distraído, não colaborador e zangado, o que pode acarretar tristeza, depressão e até demência. “O apoio da família é essencial para que o idoso resgate a sua autoestima. Falar sobre deficiência auditiva não é fácil, por causa da resistência das pessoas em admitir a perda auditiva. Conversar sobre a situação é a melhor opção. Cabe ao otorrinolaringologista indicar o melhor tratamento e, aos fonoaudiólogos, identificar o nível e o grau de perda auditiva do paciente”, explica Isabela.

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