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Diabetes e hipertensão são os principais fatores de risco para as doenças renais

Negligência no tratamento dos fatores de risco pode levar de 30% a 40% dos pacientes a desenvolver lesões renais e a fazer hemodiálise

Thassiana Macedo
Publicado em 21/08/2016 às 12:06Atualizado em 16/12/2022 às 17:38
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Foto/Reprodução

Negligência no tratamento dos fatores de risco pode levar de 30% a 40% dos pacientes a desenvolver lesões renais e a fazer hemodiálise

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) apontam que, no país, o número de pacientes que realizam hemodiálise é superior a 112 mil. Considerando a faixa etária até 12 anos, são 450 casos. De 13 a 19 anos, são 1.014. Segundo a organização, crianças com problemas renais têm possibilidade de óbito de 30 a 50 vezes maior que aquelas sem nefropatias.

Segundo o nefrologista Vilmar de Paiva Marques, são fatores de risco em crianças o histórico de doenças renais genéticas na família, prematuros nascidos com baixo peso, períodos prolongados em UTI ou sobrepeso e má-formação do trato urinário. “Porém, como se observa, a maior parte dos casos se dá em adultos, pois os fatores de risco atuam ao longo dos anos para causar danos que ensejem o tratamento de hemodiálise”, explica o médico.

Entre os adultos, os principais fatores de risco para doenças nos rins são o diabetes e a hipertensão não tratados, sendo que a negligência no tratamento dessas enfermidades pode levar de 30% a 40% dos pacientes com diabetes e hipertensão a desenvolver lesões renais. “As nefrites, que são inflamações nos rins, aparecem na sequência como importantes causas de doenças nos rins. Também são relevantes as infecções urinárias de repetição, doenças genéticas, malformações congênitas, rins policísticos, cálculo renal e doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide”, enumera Marques.

Tanto em adultos quanto em crianças, as atitudes preventivas recomendadas pela campanha sã manter uma boa alimentação, não fumar, beber muita água, controlar o peso e a pressão arterial, controlar a glicemia no caso de diabéticos, não tomar medicamentos sem orientação médica e praticar atividade física com frequência. “As doenças renais, em geral, não apresentam sintomas nos estágios iniciais, sendo importante visitar um nefrologista para avaliar a saúde dos rins regularmente, para que eventuais problemas não sejam descobertos apenas quando já houver se instalado um quadro de insuficiência renal crônica”, alerta o nefrologista.

Prevenção. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, uma das principais medidas preventivas de combate à disfunção renal em portadores de diabetes e hipertensão é o controle do nível de açúcar no sangue e da pressão arterial, além do colesterol e triglicerídeos nos níveis desejados. A realização de exames de urina, glicemia e de creatinina é igualmente importante. Excluir o fumo, mudanças de hábitos como combater a obesidade, atividades físicas e uma dieta saudável são também essenciais para a saúde. 

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